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A violência não deu trégua em 2010. Seguindo a escalada de crimes registrados em janeiro, o mês de fevereiro também foi marcado por um alto índice de mortes brutais em Curitiba e região metropolitana. O que chama a atenção nos números contabilizados pela Gazeta do Povo é o crescente número de mulheres como vítimas. Indicativo de que elas estão mais ousadas no mundo do crime ficam vulneráveis à violênia do tráfico.
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O delegado Hamilton da Paz, da Delegacia de Homicídios, conta que muitas mulheres estão envolvidas com atos ilícitos há muito tempo. Elas deixaram de ser usuárias de drogas e passaram a traficar. Não são mais presas por tentar levar celulares, armas e entorpecentes para seus maridos e filhos em penitenciárias. Começaram a ir para o xadrez por roubos, homicídios e latrocínios. “Prendemos recentemente uma mulher que, mesmo sem uma perna, mandava matar e comandava o tráfico no Barreirinha. Hoje, há mulheres mais violentas que os homens”, conta Paz.
O tráfico de drogas está relacionado a cerca de 95% das mortes que ocorrem na capital, de acordo com o secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. “Prefiro ser mais cuidadoso com esses dados. A mulher é o principal alvo de crimes passionais. É um sinal do aumento da violência contra a mulher e de diminuição da eficácia investigativa e punitiva nessa área”, avalia o sociólogo Pedro Bodê, coordenador do Grupo de Estudo da Violência da Universidade Federal do Paraná. “O crime passional é quase inexpressivo. Quase todos os casos têm como motivador o tráfico”, rebate Paz.
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