do G1
A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou nesta sábado (29) a declaração do tucano José Serra de que o governo boliviano é “cúmplice" do tráfico. A frase de Serra já provocou reações no Brasil e na Bolívia. A pré-candidata do PV concedeu coletiva na cidade de Campinas (SP).
Para Marina, o adversário errou por ter generalizado o problema do narcotráfico naquele país. “Não é assim que se trata um país irmão, até porque o povo boliviano não merece esse tipo de generalização”.
Ela destacou que os problemas enfrentados pela Bolívia “talvez não sejam diferentes de outros países”. Comparou ainda a questão com a violência em cidades brasileiras.
“Imagina se a gente fosse generalizar a violência que acontece nas favelas, as milícias paralelas que acontecem em regiões difíceis como se fosse por conivência do governo, que o governo está por trás disso? Não se pode fazer essa generalização”, afirmou Marina.
A pré-candidata comentou também a possibilidade de veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao reajuste maior dado pelo Congresso aos aposentados e o fim do fator previdenciário, método de cálculo para os benefícios.
Apesar de ter votado favoravelmente ao tema, Marina defendeu o veto ao fim do fator. “Sou contrária à questão do fator, sou a favor do veto. Votei apenas para que tramitasse, para que não voltasse para a Câmara, mas já tinha sinalização do veto”. No caso do reajuste, ela defendeu que se mantenha o percentual de 7,7%, aprovado pelo Congresso. Marina disse ser preciso fazer uma política para se recuperar o valor das aposentadorias.