quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Bope apreende duas toneladas de maconha na Favela da Rocinha

do SRZD

Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizam uma ação na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde as 7h30 desta quarta-feira. Até o momento, os policiais já apreenderam duas toneladas de maconha na comunidade e duas pessoas foram presas.

- Bandidos jogam granada no Bope na Rocinha

A operação acontece com o novo comandante da tropa de elite, tenente-coronel Wilman René Gonçalves Alonso, de 42 anos. Na chegada dos agentes, disparos foram ouvidos na comunidade.
Além de apreender drogas e armas, os 80 homens do Bope também checam informações recebidas sobre localização de criminosos, bem como fazem um novo mapeamento da região, que teve alterações como novas vielas, depois das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

WikiLeaks: para EUA, Brasil é peça central na rota do tráfico

do Terra

Telegramas enviados por diversas embaixadas americanas e divulgados pelo site WikiLeaks apontam que os Estados Unidos consideram o Brasil peça central na rota do tráfico internacional de drogas. Uma das principais preocupações dos diplomatas americanos refere-se ao governo do boliviano Evo Morales. Segundo a embaixada dos EUA em La Paz, em apenas dois meses de 2009, 175 aviões suspeitos de carregar cocaína saíram da Bolívia com destino ao Brasil. Em uma das mensagens, o governo americano diz que o Itamaraty vê com grande preocupação a relação entre o governo de Morales e os produtores de coca. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os telegramas indicam que o Brasil tornou-se caminho para permitir que drogas sejam enviadas à Europa, aos Estados Unidos e à Ásia. "A falta de controle sobre seu espaço aéreo resulta em praticamente uma liberdade total para o narcotráfico", diz um dos textos. As mensagens também demonstram a participação brasileira na rota do tráfico à África. Segundo a embaixada americana em Maputo, capital do Moçambique, a rota principal para a cocaína por via aérea que chega ao país vem do Brasil.

Para especialista, Estado deve ressocializar jovens que atuavam no tráfico no Alemão

do Jornal do Brasil

Rio de Janeiro - A ocupação do Conjunto de favelas do Alemão e da Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio, que hoje (28) completa um mês, representou o primeiro e importante passo para a reconquista do território pelo Estado, mas ainda há um “largo caminho” a ser percorrido para de fato garantir cidadania à população que vive na localidade. A avaliação é do especialista em ciências criminais Wálter Maierovitch. Segundo ele, o Estado precisa investir fortemente nos jovens que estavam a serviço do tráfico para inseri-los na sociedade de forma digna.

“Aquele território não era do Brasil, mas da facção criminosa que o comandava. Ocorreu um resgate. Mas ainda há um largo caminho. Por exemplo, é preciso pensar imediatamente nos jovens que foram cooptados pelo crime organizado, dando a eles instrumentos [de ressocialização]. Não adianta colocar todo mundo nos presídios”, disse Maierovitch, que é também fundador e presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone – instituição cujo nome homenageia o magistrado italiano que lutou contra a máfia na Itália e acabou morto em um atentado mafioso.