segunda-feira, 27 de junho de 2011

Depois da guerra às drogas, busca-se a paz

Fonte: Consultor Jurídico

POR JOÃO PAULO ORSINI MARTINELLI E MAURIDES DE MELO RIBEIRO

O recente relatório da Comissão Global de Políticas de Drogas demonstrou a necessidade de uma discussão séria e despida de autoritarismo, com o uso da razão e das evidências científicas, a respeito da guerra às drogas. O relatório, resultado de diversas discussões, envolvendo autoridades e especialistas no assunto, desmitifica e desautoriza as políticas anti-drogas atualmente praticadas no mundo. Pela relevância e complexidade do tema e a importância das pessoas envolvidas, o relatório deve ser, no mínimo, apreciado e avaliado pelos governos e organismos multilaterais internacionais.

Primeiramente, cabe destacar o que é a Comissão Global de Políticas de Drogas. Trata-se de um grupo de destacadas pessoas, cujo objetivo é promover a discussão, em nível internacional, sobre os danos causados pelas drogas e os meios para sua efetiva redução, com amparo em bases científicas. A Comissão foi formada após a bem sucedida experiência da Comissão Latino-americana para as Drogas e a Democracia, composta pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, César Augusto Gaviria Trujillo, da Colômbia, e Ernesto Zedillo, do México. Compreendendo que a associação entre o comércio de drogas, a violência e a corrupção são uma ameaça à democracia na América Latina, a Comissão re-avaliou as políticas predominantes de “guerra às drogas” e iniciou um debate público a respeito da questão que tende a ser rodeada pelo medo e pela falta de informação.

EUA: congressistas apresentam proposta para legalizar maconha

Fonte: Terra

Um grupo de congressistas americanos anunciou esta quarta-feira uma proposta para legalizar o consumo da maconha e permitir que os estados legislem sobre seu uso, a primeira iniciativa deste tipo na história do país. "A legislação limitaria o papel do governo federal no controle da maconha (e) permitiria aos cidadãos plantar, usar ou vender maconha legalmente nos estados onde for legal", explicou o comunicado dos representantes democrata, Barney Frank, e republicano, Ron Paul, principais patrocinadores da proposta.

A legislação "acabaria com o conflito entre estados e governo federal sobre a política a seguir com relação à maconha", asseguraram os legisladores em um comunicado. Dezesseis dos 50 estados americanos, assim como o distrito de Columbia (Washington) legalizaram nos últimos anos o uso da maconha para fins terapêuticos.