segunda-feira, 1 de março de 2010

EUA acusam Venezuela de colaborar com grupos traficantes da Colômbia

do O Globo Online

Os Estados Unidos acusaram a Venezuela de colaborar com grupos guerrilheiros colombianos ligados ao tráfico de drogas e se tornar uma das rotas preferidas por traficantes internacionais, em um relatório anual do departamento de Estado divulgado nesta segunda-feira.

"Um ambiente permissivo e corrupto na Venezuela, aliado a esforços para o combate do tráfico no Caribe, América Central e México tornou a Venezuela uma das rotas preferidas para o narcotráfico na América do Sul", diz o relatório.

"Existem evidências cada vez maiores de que elementos das Forças de Segurança venezuelanas auxiliam" as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Exército de Liberação Nacional - dois grupos incluídos na lista de organizações consideradas terroristas pelos Estados Unidos.

De acordo com o governo americano, os dois grupos traficariam narcóticos pela Venezuela.

Embora reconheça o aumento na quantidade de drogas apreendidas pela Venezuela por via marítima, o relatório afirma que o país fez pouco para coibir a passagem de narcóticos por seu espaço aéreo.

Resposta

O relatório concentra suas conclusões em atividades ligadas ao narcotráfico no exterior, mas também cita a demanda americana por drogas como parte do problema.

"Não podemos esperar diminuir a quantidade de drogas que chega aos Estados Unidos em bases sustentáveis sem uma redução na demanda doméstica", afirma o documento.

O embaixador venezuelano em Washington, Bernando Alvarez, rechaçou as acusações americanas, citando o aumento de 11% nas apreensões de drogas registrado no ano passado.

"Nosso compromisso no combate às drogas é inequívoco e temos visto ganhos relevantes", disse ele.

"A Venezuela compartilha uma grande fronteira com o maior produtor mundial de cocaína e um hemisfério com o maior consumidor", disse, referindo-se aos EUA.

"Portanto, o combate ao tráfico sempre será um desafio regional. Ficaríamos agradavelmente surpresos se o departamento de Estado reconhecesse nossos esforços no combate às drogas", completou.

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