sexta-feira, 13 de abril de 2012

Tema da legalização das drogas ganha força às vésperas da Cúpula das Américas

Fonte: Opera Mundi

Sinalizando o que pode vir a representar uma guinada na política de combate ao tráfico de entorpecentes no continente americano, diplomatas de países onde a controvertida guerra às drogas é dada como fracassada garantiram que será instalado um grupo de trabalho durante a Cúpula das Américas para motivar ações internacionais e coordenadas.

Durante a reunião de Estado, que ocorrerá na cidade colombiana de Cartagena, ao longo do próximo final de semana, o maior empenho deve vir dos próprios anfitriões e do México, ambas nações tradicionalmente alinhadas às diretrizes proibitivas defendidas há mais de 40 anos pelos EUA.

Não há muito tempo, veículos da imprensa como a revista britânica The Economist argumentavam que apenas ex-presidentes da linha de Fernando Henrique Cardoso, César Gaviria e Ernesto Zedillo conseguiam margem política para advogar uma flexibilização das leis que regem o comércio de drogas. Contudo, a repressão armada a esse tipo de prática parece ter se frustrado de tal forma que até mesmo líderes latino-americanos em exercício criam margens para a discussão de medidas como a descriminalização ou a legalização.

Alunos da USP farão ‘semana do baseado’

Fonte: Estadão

Universitários promovem atividades para debater a proibição do uso de drogas no câmpus; programação do evento inclui noite do ‘fumo lícito’

SÃO PAULO - Alunos da Universidade de São Paulo (USP) promoverão, entre segunda e sexta-feira, a Semana de Barba, Bigode e Baseado. Serão cinco dias de atividades para discutir a proibição do uso de drogas ilícitas no câmpus do Butantã, na zona oeste da capital. Está prevista uma noite do fumo, que, "para efeitos jurídicos", terá "apenas orégano, substância lícita". O convite para o evento é feito pelo Facebook.

"A semana terá um caráter lúdico e libertário", disse Caio Andreucci, estudante do 3.º ano de Ciências Sociais e um dos organizadores. Ele contou que a ideia surgiu na Frente Uspiana de Mobilização Antiproibicionista (Fuma). O grupo foi fundado no fim do ano passado, em meio aos protestos surgidos após a Polícia Militar flagrar três estudantes com maconha na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que acabaram com a invasão da Reitoria.