Fonte: Opera Mundi
Sinalizando o que pode vir a representar uma guinada na política de combate ao tráfico de entorpecentes no continente americano, diplomatas de países onde a controvertida guerra às drogas é dada como fracassada garantiram que será instalado um grupo de trabalho durante a Cúpula das Américas para motivar ações internacionais e coordenadas.
Durante a reunião de Estado, que ocorrerá na cidade colombiana de Cartagena, ao longo do próximo final de semana, o maior empenho deve vir dos próprios anfitriões e do México, ambas nações tradicionalmente alinhadas às diretrizes proibitivas defendidas há mais de 40 anos pelos EUA.
Não há muito tempo, veículos da imprensa como a revista britânica The Economist argumentavam que apenas ex-presidentes da linha de Fernando Henrique Cardoso, César Gaviria e Ernesto Zedillo conseguiam margem política para advogar uma flexibilização das leis que regem o comércio de drogas. Contudo, a repressão armada a esse tipo de prática parece ter se frustrado de tal forma que até mesmo líderes latino-americanos em exercício criam margens para a discussão de medidas como a descriminalização ou a legalização.