Fonte: Caros Amigos
Ato que busca debater a legalização da droga enfrenta proibição judicial em São Paulo. No Rio de Janeiro, quatro militantes foram presos por panfletar sobre o tema
Por Otávio Nagoya
Sob a vigia de dois guardas da Polícia Militar, os militantes que estão organizando a Marcha da Maconha iniciaram uma panfletagem, na tarde da sexta-feira (29/4), em frente ao prédio do Tribunal de Justiça, na Praça da Sé. Segundo Lucas Gordon, organizador da Marcha da Maconha-SP e membro do coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR), “a ideia de fazer um ato em frente ao TJ é uma pressão para que não houvesse mais uma vez a proibição da marcha aqui em São Paulo”.
A atividade também é uma resposta às arbitrariedades que ocorreram no Rio de Janeiro, no dia 22 de abril, quando quatro militantes da Marcha da Maconha foram presos por entregarem panfletos aos cidadãos cariocas. “Isso demonstra como a polícia é uma instituição que funciona meio a parte do resto. Não existe uma jurisprudência, nem nada que diga que panfletar sobre a marcha da maconha é apologia. Isso surge da cabeça de um delegado”, critica Gordon. Ao lado de uma faixa da Marcha da Maconha-SP, os manifestantes seguravam um cartaz com os seguintes dizeres: “4 presos no RJ por fazerem o que estamos fazendo agora”.