quarta-feira, 5 de maio de 2010

Número de usuários de crack no país ultrapassa 1 milhão, diz especialista

do Diário Catarinense

O número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. Os dados foram apresentados nesta terça-feira pelo psiquiatra Pablo Roig, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados. Roig é especialista no tratamento de dependentes do crack.

O número é uma estimativa feita com base em dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os especialistas presentes na audiência apontaram que os países gastam de 0,5% a 1,3% do PIB como o combate e tratamento ao uso de droga.

A pediatra e pesquisadora do Rio Grande do Sul Gabrielle Cunha desenvolve um trabalho no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas com bebês cujas mães usaram crack durante a gravidez. Pesquisa desenvolvida por ela em 1999 aponta que 4,6% das gestantes usavam a substância. Segundo ela, o índice é muito superior ao verificado em outros países.

— Nós não temos estatísticas nacionais sobre isso. Mas imaginamos que atualmente seja no mínimo o dobro (desse percentual de 1999) tendo em vista o número de pacientes que chegam até nós — apontou.

Segundo Gabrielle, os recém-nascidos que foram expostos ao crack ainda na barriga da mãe apresentam logo nas primeiras 48 horas de vida "alterações neurológicas e comportamentais provocados pela exposição prolongada à droga". Mas ela ressalta que essas crianças não são viciadas e os danos podem ser minimizados.

— No início se pensava que esses bebês teriam má-formações e problemas graves, mas, na verdade, as alterações são no neuro-comportamento. Eles são mais irritáveis, são bebês que geralmente têm dificuldade de alimentação. Mas conforme o estímulo e o tratamento que ele recebe, é possível reverter essa situação que é temporária — ressaltou.

Atualmente, cerca de 150 bebês nessa situação são atendidos pelo programa do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre.

80% bebem álcool aos 15 anos em Portugal

do Jornal de Notícias

Cerca de 80% dos jovens com 15 anos consomem bebidas alcoólicas, revelou Augusto Pinto, da Unidade de Alcoologia de Coimbra do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), ontem, quarta-feira, ao JN. O I Encontro da Rede Institucional das Adições de Coimbra foi o pretexto.

"Não há capacidade de controlo, a legislação não é eficaz. Os pais também facilitam, são altamente permissivos, e são eles que, habitualmente, financiam (o consumo de bebidas alcoólicas)", defendeu Augusto Pinto, já no final da sua intervenção na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Coimbra.

No entender de Augusto Pinto, a raiz do problema pode estar no facto de a sociedade portuguesa ser "extremamente tolerante para com este consumo". Ou, dito de outra maneira: "Grande parte da população tem uma relação positiva e intimista com o álcool. Temos dificuldade em ver (o alcoolismo) como uma doença perigosa". A "mobilização social" a que se assistiu quando se planeou reduzir a taxa limite de alcoolemia, nos condutores, dos actuais 0,5 grama de álcool por litro de sangue para 0,2 constitui, para Augusto Pinto, o exemplo perfeito de como esta "relação positiva" com as bebidas alcoólicas impera em Portugal. Para combater isto, "é necessário educar, consciencializar mais, valorizar estas questões".

E, lembra o responsável, "o álcool é uma substância legal, que tem uma componente económica importante", e "a Europa é a primeira produtora".

Mulheres estão a beber mais

Em declarações ao JN, Augusto Pinto explicou que o consumo de álcool tem subido, nos últimos anos, em Portugal. Estudos recentes do IDT mostram que perto de 80% da população consome bebebidas alcoólicas ao longo da vida. As formas de beber é que mudaram. Hoje, as camadas mais jovens da população já "não têm o vinho como primeira bebida", optando, antes, pelas bebidas destiladas, fruto da "pressão da publicidade", exemplificou.

O responsável mostrou-se, ainda, "muito preocupado" com o aumento do consumo feminino, que se traduz num aumento da doença hepática alcoólica nas mulheres, mais vulneráveis ao álcool. Enquanto a doença atinge os homens ao fim de dez ou 20 anos de consumo excessivo, para as mulheres bastam cinco.

Maio da Maconha

do Blog Plantando Consciência

A maconha está em alta. Segundo notícia do jornal Destak, apreensões recordes da planta levaram o preço do quilograma em São Paulo dos usuais R$200 para R$2000. O jornal afirma ainda que a dificuldade de se encontrar a planta no mercado ilícito está relacionada a uma preferência dos traficantes pelo mais rentável negócio da cocaína e do crack. O que esta notícia não conta (assim como outras usuais sobre o assunto), é quanto custa aos cofres públicos as tais apreensões e pra onde vai a droga “apreendida”. Mistério…

Outra notícia, do portal G1, afirma que Lula e o presidente paraguaio Lugo declararam que devem trabalhar juntos para conter a criminalidade na região, principal rota da maconha entre os dois países. Novamente não dizem quanto dinheiro será gasto em tais medidas, mas podemos imaginar que é bastante. A Califórnia já reconheceu o fato e irá votar em novembro a legalização da planta que já está sendo legalmente vendida em farmácias especializadas.

Propagação do ecstasy

do O Tempo

Estudos sobre o uso do ecstasy no Brasil ainda são escassos, mas alguns dados indicam que o consumo do metilenodioximetanfetamina (MDMA) tem aumentado, considerando, por exemplo, o alto número de apreensões de comprimidos assim como a descoberta de laboratórios clandestinos.

O ecstasy é uma droga sintética e sua síntese foi feita por pesquisadores que buscavam encontrar uma molécula natural envolvida nas sensações amorosas, a feniletilamina, produzida no organismo. Pode ser consumida por injeção, inalação ou via oral. Apresenta-se em forma de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou pó. Age aumentando a produção e a diminuição da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina. Seus efeitos surgem entre 20 e 60 minutos, atingindo estabilidade em duas horas.

Os que propagam o seu uso como "droga sintética do amor", afirmam que ela produz uma excitação agradável, que acaba com a angústia, rompe os bloqueios humanos, aumenta a capacidade de comunicação, amplia a visão e deixa a pessoa mais receptível emocionalmente. Na verdade essa droga associa os efeitos alucinógenos do LSD com os efeitos estimulantes das anfetaminas. O ecstasy é a mais popular das drogas sintéticas usadas nos clubes noturnos e raramente é ingerido sozinho. Uma pesquisa feita recentemente com cerca de mil usuários brasileiros dessa droga, mostrou que 97% dos entrevistados usaram outra substância, legal ou ilegal, com o objetivo de potencializar o seu efeito ou anular sensações.

Daime mexe com o inconsciente, diz Ney Matogrosso

do R7

Ney Matogrosso é o convidado do programa Ensaio desta quarta-feira (5), às 23h, na TV Cultura. A atração é dirigida por Fernando Faro. O cantor falou sobre a polêmica em torno do Santo Daime, informou a emissora.

Ney Matogrosso afirma que já usou muitas drogas, mas hoje as acha impuras

- O Daime mexe com o nosso inconsciente. Ele não é uma religião, meramente. A bebida você toma, e ela vai trabalhar você. Você vai saber quem é de verdade.

Ney contou que teve experiências reveladoras no período em que usou drogas, mas que hoje em dia as considera impuras.

Ney também falou sobre o grupo Secos e Molhados, formado por ele, Gerson Conrad e João Ricardo, que foi lançado em 1973, arrebatando plateias do Brasil e do mundo.

- Eu agradeço ter surgido na música e ter surgido como artista dentro do Secos e Molhados. Agradeço mesmo. Acho que foi um trabalho que mudou as mentes do Brasil. No momento em que eu perdi o rosto [os integrantes da banda faziam shows com rostos pintados], que deixei de ser eu, parece que eu falei Shazam, eu virei outra coisa. Eu virei uma pessoa que não tinha medo de nada.

No repertório da apresentação, o cantor vai interpretar sucessos como Medo de Amar e Mulher sem Razão, composta por seu ex-namorado Cazuza.

Ney já gravou o mesmo programa em 1990, antes chamado MPB Especial. A atração é considerada a mais importante da TV para a música popular brasileira, já que nela os cantores revelam seus pensamentos e obras.

‘Portugal não tem movimento sério para introduzir uso de cannabis para fins terapêuticos’

do Sol

Washington aprovou o uso terapêutico de marijuana, situação em relação à qual o presidente do Instituto de Droga e Toxicodependência (IDT) não tem «nenhuma resistência de princípio», apesar de não reconhecer, em Portugal, um «movimento sério» nesse sentido

João Goulão afirmou que não se opõe a que haja uma utilização terapêutica de cannabis em determinadas patologias, nomeadamente como «coadjuvante da terapêutica oncológica».

Mas, de momento, o presidente do IDT entende que em Portugal não existe qualquer mobilização credível que defenda a introdução da marijuana em tratamentos de algumas doenças crónicas. «Nunca assisti em Portugal a um movimento sério por parte dos meus colegas dessas áreas no sentido de reivindicarem a entrada de canabinóides no armamentário terapêutico», afirmou.