segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tentativa de prisão de 'barão da droga' causa transtornos na Jamaica

do SRZD

Depois que os partidários de um dos "barões das drogas" Christopher "Dudus" Coke tomaram conta da capital da Jamaica, fazendo barricadas e incediando delegacia, entre outras ações, o primeiro-ministro Bruce Golding denunciou os distúrbios como "um assalto calculado sobre a autoridade do EStado". Autoridades declararam estado de emergência em algumas partes da capital Kingston.

Golding afirmou que forças de segurança estão sendo "deslocadas rapidamente para manter a atual situação sobre controle".

"Aqueles que estiverem envolvidos com os episódios de violência serão detidos", disse o ministro em um discurso na televisão. "O que está acontecendo é uma assalto calculado à autoridade do Estado que não pode ser tolerado, e que não será permitido que continue", completou.

O governo da Jamaica afirmou que as medidas serão mantidas por pelo menos um mês. Esse locais são centros de apoio de Coke, que diz ser um líder comunitário.

O Departamento de Justiça dos EUA diz que Coke é um dos traficantes mais perigosos do mundo. Ele é acusado de liderar uma gangue chamada Shower Posse e operava uma rede de contrabando internacional.

Rituais do Daime escondem uso de drogas

do Último Segundo

O presidente da Federação Nacional da Ayahuasca - mais conhecida como Santo Daime - Emiliano Dias Linhares, disse nesta segunda-feira, em audiência pública na Câmara dos Deputados, que o uso de drogas como a maconha e a cocaína estão presentes em diversos templos religiosos. Segundo ele, caso não exista uma forte repressão, a proposta do deputado Paes de Lira (PTC-SP), que quer proibir o chá, ganhará força e a religião fundada no início do século XX pode acabar.

“Hoje há uma banalização no uso do chá. A mistura com drogas está acontecendo em larga escala. A quem o misture com a Santa Maria (maconha), com a Santa Clara (cocaína) e mais recentemente com crack, e deram nome de São Pedro para ele. Isso é um absurdo que tem que acabar. Eu prefiro ver o Daime proibido a isso seguir assim, com gente dando droga até para crianças”, disse.

A audiência pública realizada nesta tarde foi feita a pedido do deputado Paes de Lira, que quer proibir o uso da bebida alucinógena no Brasil desde março, quando o cartunista Glauco foi assassinado por Carlos Eduardo Nunes, adepto da igreja de Daime, Céu de Maria, fundada pelo artista.

Caminhada contra o crack reúne seis mil pessoas

do Diário do Nordeste

Organizado pelo Força Jovem Brasil, grupo ligado à Igreja Universal, o evento foi realizado no último sábado

Milhares de pessoas, principalmente jovens, participaram da caminhada "Crack, tire essa pedra do seu caminho!". A organização do evento estimou reunir cerca de seis mil pessoas na caminhada, que teve saída em frente à sede Barra do Ceará da Iurd, na Avenida Leste-Oeste, e seguiu até o polo de Lazer da Barra do Ceará.

Portando cartazes e balões e guiados por um trio elétrico, os participantes buscaram passar uma mensagem aos jovens de que o crack é uma droga com a qual não vale a pena se envolver. "Infelizmente, muitas famílias estão sendo devastadas pelas drogas, principalmente pelo crack. A arma para vencer tudo isso é a fé", pregou o pastor e coordenador do Projeto Força Jovem Brasil, Nivaldo Júnior. "Temos centenas de jovens que foram libertos aqui na Igreja, inclusive pelo crack", garantiu.

Um dos exemplos de recuperação é o estudante D.C., 17, que participa do grupo e usou drogas dos 12 aos 16. Começou na maconha, passou para cocaína e, aos 14, chegou à pedra. "O crack só me trouxe desgraça. Pesava 89kg; passei a pesar 67kg. Tive overdose. Queria sair, mas não tinha forças. Cheguei ao fundo do poço", relatou.

Há um ano longe do crack, D.C. diz que conseguiu largar o vício depois que entrou no grupo Força Brasil, a convite de um amigo. "Comecei a participar de atividades, jogar futebol".

Berlim, na Alemanha, deve flexibilizar as leis de porte da maconha

do 24horasNews

Uma nova política em relação à maconha poderá legalizar a posse de até 15 gramas da droga por pessoa na capital alemã. A regulamentação transformaria Berlim numa das cidades mais flexíveis em relação à cannabis na Europa. Os berlinenses há muito tempo desfrutam da atitude relaxada do governo da cidade quanto à maconha. Não é incomum ver alguém tragando um baseado nos parques da cidade ou enrolando um nos fundos de um café.

Agora, entretanto, a capital alemã pode dar um passo a mais para se tornar uma das mais tolerantes à maconha na Europa. A secretária da saúde da cidade disse à “Spiegel” que planeja aumentar para 15 gramas a quantidade de maconha e haxixe que uma pessoa pode portar.

A lei federal alemã proíbe o porte de maconha além de uma “pequena quantidade”, mas deixa sob responsabilidade dos Estados determinarem exatamente qual é essa quantidade. A maioria dos Estados, incluindo Brandemburgo, em torno de Berlim, definem esta “pequena quantidade” como seis gramas. Até agora, Berlim permitia o porte de 10 gramas.

Com a regulamentação prestes a expirar, Katrin Lompscher, secretária da saúde da cidade, logo assinará uma nova regulamentação aumentando esta quantidade. Ela diz que o sucesso da norma de 10 gramas justificam um aumento, embora sua secretaria tenha se recusado a explicar qual foi o sucesso, mesmo depois de repetidos pedidos.

Nem todo mundo em Berlim está satisfeito com o plano. O partido de extrema esquerda, do qual Lompscher faz parte, é o parceiro mais novo da coalizão que governa a cidade-estado de Berlim, aliado aos Social-Democratas de centro-esquerda (SPD, na sigla em alemão). O Partido de Esquerda há muito defende a legalização da cannabis, mas Stephanie Winde, porta-voz do SPD de Berlim, disse à “Spiegel Online” que o Partido de Esquerda não havia discutido a política dos 15 gramas antes de divulgá-la. O SPD, diz ela, preferiria tomar uma decisão conjunta sobre a política da cannabis.

Se a nova medida de Lompsher se transformar em lei, ela também seria aparentemente contraditória ao aumento dos esforços para combater o comércio de drogas em Berlim no ano passado. Num deles, dezenas de policiais, com apoio de um helicóptero, fizeram uma varredura do Hasenheide, um parque de 50 hectares no centro de Berlim, durante 13 horas em busca de traficantes. Outros parques também foram alvo de fiscalização.

Alguns questionam se a proposta de Lompsher apenas facilitará a vida dos traficantes, que poderão carregar suas mercadorias de forma legal. “Os traficantes poderão se aproveitar da regulamentação mais liberal e carregar apenas a quantidade permitida por lei”, escreveu o jornal Berliner Zeitung num editorial recente.

ENQUANTO ISSO, ELES FAZEM A “MARCHA DA MACONHA”!!!

da Veja.com

Será que eles aprenderam? Não! Não aprenderam nada! A despeito dos 500 mil desgraçados hoje vitimados pelo crack, segue a Marcha da Irresponsabilidade.

Por James Cimino, na Folha:
A marcha da maconha, que deveria ter sido realizada ontem no parque Ibirapuera (zona sul de SP), transformou-se em uma “marcha da mordaça”, graças a uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo que proibia a realização do evento. Segundo a decisão, os manifestantes não poderiam se pronunciar em favor da legalização da erva, sob pena de serem presos e processados por apologia ao crime. Em protesto, os cerca de 300 participantes presentes ao evento -segundo a PM-, resolveram amarrar camisetas ao redor da boca.

A Polícia Militar exigiu ainda que todos os cartazes que continham desenhos da folha da cannabis e palavras de ordem como “legalize já” fossem escondidos. Camisetas do coletivo Marcha da Maconha, que têm um trecho do artigo 5º da Constituição (”Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização”), também tiveram de ser retiradas.

Câmara discute se chá do Santo Daime pode ser usado para fins religiosos

do R7

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara discute nesta segunda-feira (24) o uso do chá do Santo Daime – também conhecido como ayahuasca. Um projeto do deputado Paes de Lira (PTC-SP) propõe sustar a resolução do Conad (Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas) que permitiu o uso para fins religiosos.

O autor argumenta que o uso, mesmo que religioso, de uma droga deve ser vetado quando provoca prejuízos à saúde.

“Ante aparente conflito de normas constitucionais – direito amplo à religião e vedação do uso e comércio de drogas – deve-se adotar o seguinte raciocínio: qual delas é de interesse da sociedade, da coletividade. O princípio deste raciocínio é a supremacia do interesse público sobre o privado", diz o deputado em seu projeto.

Lira lembra que a ayahuasca provoca alucinações, hipertensão, taquicardia, náuseas, vômitos e diarreia.

Para discutir o assunto, a Câmara convidou, entre outros, o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, general Paulo Uchôa; o presidente da Federação Nacional da Ayahuasca, Emiliano Linhares; e o presidente do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, Flávio da Silva. A audiência está marcada para às 15h.

Antes de ir para votação em plenário, o projeto de Lira será analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Constituição e Justiça e de Cidadania.