segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Maconha era a salvação da lavoura na Califórnia. Varga Llosa defende legalização. Dilma enfrentará a descriminalização?

do Blog Sem Fronteiras

–1 Vargas Llosa defende a legalização.

Mario Vargas Llosa, prêmio Nobel de Literatura de 2010, comentou a consulta popular ocorrida na Califórnia e sobre a legalização da maconha para consumo recreativo. O seu comentário está publicado no jornal O Estado de S.Paulo de hoje ( http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101107/not_imp636132,0.php ).

No artigo ele trata da questão econômica e da arrecadação dos tributos.

Confira, abaixo, artigo deste modesto colunista de Terra Magazine, publicado um dia antes do artigo do extraordinário Garcia Llosa.

–2. Maconha como salvação da lavoura.

Na Califórnia e para as autoridades fazendárias, o mês de novembro começou com a expectativa de a marijuana salvar a lavoura, ou melhor, representar uma nova fonte de receita para um estado quebrado, com déficit superior a US$1,9 bilhões. Os cidadãos californianos foram chamados para uma consulta e para a escolha do governador e de parlamentares. A consulta popular versou sobre a  chamada emenda  19, originária do projeto  do deputado Tony Ammiano, apresentado em abril de 2009. Essa emenda cuidava da legalização do consumo da maconha para finalidade lúdica, por maiores de 21 anos, acrescida de regulamentação e especificação da tributação sobre a venda canábica.

Obama oferece apoio ao México na guerra contra tráfico

do Estadão

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, demonstrou hoje seu apoio ao colega mexicano, Felipe Calderón. Obama falou com Calderón por telefone "para reafirmar o apoio dos Estados Unidos aos esforços do México para acabar com a impunidade dos grupos criminosos organizados após a operação de ontem em Matamoros", informou a Casa Branca em comunicado.

Atualmente em um giro pela Ásia, Obama "agradeceu ao presidente Calderón pela coordenação próxima do México com funcionários dos EUA para ajudar a garantir a segurança de cidadãos dos EUA em Matamoros", afirma o comunicado.

Na operação realizada ontem por soldados mexicanos no nordeste do país, Ezequiel Cárdenas Guillén, um líder do Cartel do Golfo, foi morto junto com outros três membros da gangue. Dois membros das forças de segurança mexicanas também morreram no confronto. Matamoros fica perto da cidade de Brownsville, no Texas, na fronteira entre os dois países.

Guillén era conhecido como "Tony Tormenta" e considerado um importante traficante de maconha e cocaína para os EUA. Autoridades norte-americanas ofereciam US$ 5 milhões por informações que levassem à captura dele.

Mais de 28 mil pessoas morreram pela violência ligada às drogas no México desde o lançamento de uma guerra aos narcotraficantes no país, em 2006. Na quinta-feira, o jornal Reforma informou que 10 mil pessoas já foram mortas pela violência relacionada ao narcotráfico no México apenas este ano. As informações são da Dow Jones.

A resposta da Califórnia

do Estadão

Os eleitores do Estado da Califórnia rejeitaram na terça-feira a legalização do cultivo e do consumo da maconha por 53% dos votos a 47%, uma decisão que considero muito equivocada. A legalização teria sido um passo importante na busca de uma solução eficaz para o problema da delinquência vinculada ao narcotráfico que, segundo o que acaba de ser anunciado oficialmente, já causou este ano o impressionante total de 10.035 mortes no México.

Esta solução passa pela descriminalização das drogas, ideia que há pouco tempo era inaceitável para a maior parte de uma opinião pública convencida de que a repressão policial aos produtores, vendedores e usuários de entorpecentes seria o único meio legítimo de pôr fim a semelhante praga.

A realidade revelou o quanto esta ideia é ilusória, à medida que todos os estudos indicavam que, apesar das astronômicas somas investidas e da gigantesca mobilização de efetivos para combatê-las, o mercado das drogas continuou a crescer. Ele se estendeu por todo o mundo, criando cartéis mafiosos de imenso poder econômico e militar que - como vemos no México desde que o presidente Felipe Calderón decidiu enfrentar os chefes traficantes e suas gangues de mercenários - pode combater em pé de igualdade, graças ao seu poderio, com os Estados nos quais conseguiram se infiltrar por meio da corrupção e do terror.