segunda-feira, 9 de maio de 2011

"Há grupos que querem manter status satanizado da maconha", diz pesquisador

Fonte: Rede Brasil Atual

Professor da Universidade de Brasília defende uso medicinal da maconha e argumenta que proibição do Estado a essa aplicação é autoritária

"Há grupos que querem manter status satanizado da maconha", diz pesquisadorSão Paulo – "A sociedade precisa ter acesso ao remédio que quiser. E o Estado não pode privar ninguém disso. As pessoas que acreditam que a maconha é um remédio já são consideradas criminosas por este mesmo Estado. Isso é inaceitável." A posição é do neurocientista e professor adjunto da Universidade de Brasília (UnB), Renato Malcher Lopes.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, o pesquisador explica os estudos que comprovam os efeitos medicinais da planta, seu uso histórico e o porquê da polêmica discussão que o uso e a legalização da planta causa na sociedade.

Nos próximos meses, 17 cidades participam de um movimento pedindo o fim da proibição do plantio e do consumo da planta. Os organizadores da Marcha da Maconha reivindicam a abertura de um debate público que discuta a lei antidrogas no que envolve a maconha. No sábado, no Rio de Janeiro, uma caminhada pela orla reuniu algumas centenas de pessoas que veem vantagens em regulamentar o mercado da substância.

Confira a entrevista com o pesquisador da UnB.

Governo vai discutir porte de maconha para consumo

Fonte: Folha de São Paulo

Comissão sobre drogas propõe regulamentar produção para uso próprio. Documento assinado por secretária nacional de Segurança Pública, vai embasar mudanças na atual lei antidrogas

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

A maconha é a droga ilícita com efeitos menos prejudiciais à saúde e o governo federal deve discutir a regulação da produção para consumo próprio e a descriminalização do seu uso.

A conclusão é de um relatório da Comissão Brasileira Sobre Drogas e Democracia, que tem entre seus autores a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki.

O documento, publicado em abril, após 18 meses de discussão na comissão, defende a "mudança de enfoque" em relação às drogas, sobretudo à maconha.
O trabalho será encaminhado ao governo em junho, com o objetivo de embasar mudanças na lei nacional antidrogas, de 2006.