sexta-feira, 25 de março de 2011

“É impossível vencer o tráfico no mundo”, diz Beltrame

Fonte: Último Segundo

Secretário de Segurança do Rio de Janeiro comenta problemas da cidade durante seminário sobre Segurança Pública

O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou, nesta sexta-feira, que é “impossível vencer o tráfico no mundo”. “Onde houver viciado e renda vai ter droga. Vai ter aqui, em Paris e em Londres”, disse ele durante participação em um seminário sobre Segurança Pública promovido pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Contudo, ele acrescentou que o Estado não pode permitir que o tráfico aconteça aos seus olhos e citou o exemplo das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) do Rio. “O que não acontece mais é a venda de drogas perto da polícia. Antes, as pessoas faziam atos criminosos e iam para os seus portos seguros. Agora, o Estado está lá”, afirmou, explicando que a presença da polícia não acabou com o tráfico, mas sim com o espaço dos traficantes.

Leia a íntegra da versão condensada do documento divulgado pelo Viva Rio

Fonte: O Globo

Hora de Debater e Inovar

Reunidos na Fiocruz, os participantes da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD) vêm a público apresentar as suas conclusões em seguida a 18 meses de trabalhos. Somos um grupo que reúne especialistas de vários domínios, como a Saúde, o Direito, a Economia, as Finanças, o Jornalismo, a Segurança Pública, a Ciência, as Religiões, as Artes, os Esportes, os Movimentos Sociais.

Constatamos que alcançar um mundo sem drogas, como proclamado pela ONU em 1998, revelou-se um objetivo ilusório. A produção e o consumo clandestinos mantêm-se apesar do imenso esforço repressivo. Além dos cultivos, uma nova geração de drogas sintéticas espalhou-se mundo afora. O estigma dificulta a prevenção e o tratamento, que são fundamentais. Contribui, na prática, para um afastamento de parcelas da juventude das instituições públicas. Os altos ganhos do negócio ilícito reforçam o crime organizado e a corrupção, gerando situações insustentáveis, no Brasil e internacionalmente.

Comissão Brasileira sobre Drogas propõe maior diferenciação entre usuários e traficantes

Fonte: O Globo

Rubem César Fernandes na reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, na Fiocruz -RIO - A Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD) lançou, na manhã desta sexta-feira, relatório em que propõe uma ampliação do debate sobre drogas. Uma das principais propostas diz respeito a uma maior diferenciação entre usuários e traficantes. Segundo membros da comissão, a legislação de hoje não é clara e abre brechas para diferentes interpretações. Um dos exemplos citados é o de Portugal, onde são considerados usuários aqueles que possuem uma quantidade de drogas para até dez dias de uso. A comissão pretende recolher assinaturas da sociedade para defender a questão e encaminhar um relatório para o Governo Federal.

- Se há problema de droga, que saia do terreno criminal, da polícia, e que venha para o terreno da saúde. O problema da polícia é bandido. O problema do consumo da droga, seja ela o álcool, o cigarro, a maconha ou o terrível crack, é um problema que precisa de assistência de saúde - defendeu Rubem César Fernandes, secretário executivo da CBDD e diretor executivo do Viva Rio, acrescentando que a política internacional de combate às drogas - estabelecida pela ONU em 1998 - fracassou.