terça-feira, 3 de agosto de 2010

A idade da pedra

do Zero Hora

Rodado em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, o filme A Idade da Pedra mostra como a droga pode mudar a vida de qualquer um. A produção pretende ir bem além das salas de exibição: o longa-metragem promete chocar o espectador e provocar reflexão.

Professores de música, policiais, usuários e um empresário. O filme, que será lançado no próximo sábado, conta apenas com personagens sem nome. Desta forma, a trama pretende fazer com que o espectador se identifique com a história e reflita sobre as consequências do consumo do crack. A trama apresenta pessoas com trajetórias diferentes que se entrelaçam ao longo da história.

Esta é a segunda produção da Companhia Afro-Cena sobre os perigos das drogas – em 2008, foi lançado o filme 360.

– Geralmente, os projetos de prevenção às drogas são muito locais, mas com as produções em vídeo nós atingimos público de outras regiões. O 360 nos deu ânimo para um novo trabalho – conta o diretor e roteirista Sérgio da Rosa.

Em A Idade da Pedra, o enredo trata de uma operação policial que empresta o nome à produção. O roteiro traz cenas de violência, romance e convivência familiar.

– O cenário é esse mundo sombrio, onde vivem as pessoas envolvidas com as drogas, mas queremos mostrar a importância dos valores – conta Rosa.

Muitos atores que serão vistos no filme estreiam à frente das câmeras. A produção amadora contou com a atuação voluntária de moradores da comunidade.

– O mais incrível foi ver que eles se entregaram de verdade – diz o diretor.

leticia.mendes@zerohora.com.br

Letícia Mendes

Maconha, porta de saída?

do Zero Hora

A epidemia de crack é um dos fenômenos mais sérios na interface entre saúde pública e segurança. O que a faz particularmente grave é a reconhecida dificuldade de superar a dependência química. Pois bem, a Universidade Federal de São Paulo realizou pesquisa com 50 dependentes químicos de crack que foram submetidos a um tratamento experimental de redução de danos. Sob a coordenação do psiquiatra Dartiu Xavier, o grupo foi tratado com maconha. Daquele total, 68% trocou o crack pela maconha. Ao final de três anos, todos os que fizeram a troca não usavam mais qualquer droga (nem o crack, nem a maconha). Anotem aí: todos.

Imaginei que, com a divulgação destes resultados por Gilberto Dimenstein, na Folha de S. Paulo em 24 de maio, haveria grande interesse sobre o estudo. Nada. A resposta ao mais impressionante resultado de superação da dependência de crack no Brasil foi o silêncio. O uso medicinal da maconha tem sido admitido em dezenas de países, inclusive nos EUA. Por aqui, o tema segue interditado pela irracionalidade. É evidente que o consumo de maconha pode produzir efeitos danosos. Sabe-se que o abuso pode conduzir o usuário a problemas de concentração e memória e que em determinadas pessoas o uso está correlacionado à precipitação de surtos esquizofrênicos. Daí a criminalizar seu consumo e impedir experiências destinadas ao uso medicinal vai uma distância que tende a ser percorrida pela intolerância e pelo obscurantismo.

"O petista dessa eleição sou eu", declarou Plínio de Arruda

do Terra

Em entrevista concedida ao Terra na manhã desta segunda-feira (2), o candidato à presidência pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, disse considerar importante a existência do Partido dos Trabalhadores no cenário nacional. "É a primeira grande tentativa do povo de ter o seu partido", afirmou o candidato, que contribuiu para a fundação do PT.

Para Plínio, há muitos petistas sérios que se sentem frustrados. "Eu encontro com eles na rua e é uma cordialidade total, porque eles sabem que o petista dessa eleição sou eu", revelou.

Embora tenha se colocado ao lado do partido de Lula, o candidato do PSOL alfinetou Dilma Rousseff, e também os candidatos José Serra e Marina Silva. "Eles não vão produzir propostas que digam respeito aos problemas reais do povo brasileiro. É um discurso só. Uma mesmice", disse Plínio. "Se eu tivesse os mesmos recursos que eles, os índices de pesquisa estariam bem diferentes".

O candidato respondeu também a perguntas polêmicas enviadas pelos internautas, como, por exemplo, sobre a liberação da maconha. "A proibição da droga está dando pretexto para que a polícia exerça um controle violento e criminalize a juventude, sobretudo a juventude negra", afirmou Plínio, que se disse favorável à liberação das "drogas culturais", como é o caso da maconha.

Por ser católico, Plínio de Arruda se disse contra o aborto e o casamento entre homossexuais. Apesar da reprovação, revelou que pretende permitir essas ações. "Quando eu me candidato a um cargo público, não posso impor a uma sociedade plural um tipo de comportamento que está ligado a uma concepção religiosa", explicou.

A atuação do Movimento dos Sem Terra também foi defendida pelo candidato do PSOL à presidência. "Depois da abolição da escravatura, o MST foi o movimento cívico mais importante do Brasil". Plínio afirmou que o MST civiliza o embate e arriscou dizer que se o movimento não existisse, teríamos vários pontos de guerrilha espalhados pelo país.

Cigarros têm metade do tabaco e mais químicos

do Diário de Notícias

Os cigarros actuais têm metade do tabaco vegetal do que aqueles que se fabricavam há 40 anos, sendo-lhes adicionados centenas produtos químicos para os tornar mais apelativos para os jovens e aumentar o poder viciante da nicotina. Esta a conclusão do Comité Nacional para a Prevenção do Tabagismo (CNPT) espanhol num relatório hoje divulgado pela agência EFE.

O relatório reflecte um estudo do Comité Científico para a Identificação dos Riscos Emergentes para a Saúde Pública, da Comissão Europeia, que avalia o uso de aditivos no tabaco com o objectivo de aumentar o vício.

'A indústria tabaqueira adiciona aos cigarros entre 400 a 600 substâncias químicas', escreve a CNPT. Estes químicos servem para dar a cada marca o seu sabor próprio, mas através da combustão transformam-se em elementos por si só prejudiciais à saúde.

A CNPT exemplifica: os açúcares adicionados aos cigarros para lhes dar sabor convertem-se, após a combustão, em acetaldeído, um produto químico que 'é viciante por si mesmo e que aumenta o poder da nicotina'.

Outra substância também utilizada pelos fabricantes é o cacau cujo fumo, após inalado, tem um efeito dilatador nos brônquios, o que 'facilita o trânsito dos vapores da nicotina nos pulmões', que assim chega com mais facilidade ao sangue, ainda segundo a CNPT citada pela EFE.

Pesquisadores avaliam sucesso das campanhas contra o fumo

do Diário da Saúde

No Brasil, 200 mil pessoas morrem anualmente em decorrência da exposição aos produtos do tabaco, sendo o tabagismo a principal causa de morte evitável e fator de risco para seis das oito doenças que mais matam, dentre elas infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doenças pulmonar obstrutiva crônica e tuberculose.

Com base na necessidade de reforçar ainda mais as advertências contra o uso de produtos derivados do tabaco, pesquisa publicada por pesquisadores das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal Fluminense (UFF) e Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) avaliaram a eficiência das novas campanhas do Ministério da Saúde nos maços de cigarros.

"Advertências sanitárias com imagens mostradas em embalagens de cigarro são uma das formas mais efetivas de informar acerca das consequências do tabagismo. Pesquisas da neurobiologia da emoção demonstram que estímulos visuais afetam atitudes e comportamentos; estímulos agradáveis promovem predisposições para aproximação e aversivos, afastamento", comentam os pesquisadores no artigo.

"Os apelos positivos que o marketing da indústria tabagista induz em suas embalagens devem ser neutralizados por advertências que mostrem o risco de fumar, desconstruindo o apelo prazeroso e induzindo predisposições de afastamento em relação ao produto".

PMs são acusados de matar dois homens por overdose

do Globo.com

RIO - A Divisão de Homicídios investiga as mortes de Jorge Alex da Silva Cardoso, de 35 anos, e Atenildo Oliveira de Souza, de 28 anos, na noite desta quinta-feira, na Rua Doutor Francisco Fonseca Telles, na Taquara. Um amigo das vítimas contou na delegacia que elas foram obrigadas por policiais militares a beberem água com cocaína dentro da cabine da PM. Segundo a testemunha, os três foram detidos dentro de um ônibus da linha 760 (Curicica-Madureira) após um passageiro denunciar que eles estavam consumindo drogas.

O comandante do 18º BPM (Jacarepaguá), coronel Djalma Beltrami, confirmou que os três homens foram levados por três PMs para a cabine. O oficial, no entanto, disse que, segundo os policiais, os suspeitos foram liberados porque não foram encontradas drogas com eles:

- Fiquei muito preocupado com a versão contada pela testemunha porque os policiais envolvidos na ocorrência são recém-formados, têm cerca de um ano na corporação. Nenhuma versão será descartada. Tudo será investigado.

Segundo Beltrami, os três homens compraram cocaína no Morro do Cajueiro, em Madureira. Em seguida, eles pegaram o ônibus para Curicica. No caminho, teriam consumido cocaína, e um passageiro teria chamado a polícia. Na Taquara, três policiais entraram no ônibus e prenderam os homens.

Na versão dos policias, os três foram levados para a cabine da PM na Taquara, na Rua Nelson Machado, um lugar muito movimentado, onde foram revistados. A testemunha contou que foi liberada porque não tinha drogas com ela, mas que havia cocaína com seus amigos. Então, segundo essa pessoa, os policiais teriam misturado a cocaína à água e forçado os dois a beberem a solução.

Já o coronel Beltrami afirmou que Jorge e Atenildo saíram da cabine e foram beber num bar a cerca de 200 metros, onde passaram mal e morreram. Serão feitos exames toxicólogicos para saber se as vítimas ingeriram cocaína ou outra substância. Tatiane Santos, prima de Atenildo, disse que ele era pintor e que recebera ontem o salário de R$ 1.500. Segundo ela, o dinheiro sumiu. O delegado titular da DH, Felipe Ettore, diz que só vai comentar o caso em dez dias, quando ficam prontos os laudos toxicológicos das vítimas.

Maconha, feijoada e o debate sobre a legalização das drogas

do UNIAD

A feijoada é um dos pratos mais típicos da cozinha brasileira sendo comumente feita da mistura de feijão preto e de vários tipos de carne de porco e de boi. Chega a mesa acompanhada de arroz, farofa, couve refogada e laranja fatiada, entre outros ingredientes. Nas receitas mais sofisticadas não possui mais do que 30 ingredientes, incluindo-se os acompanhamentos e temperos. Mesmo aquele que não é cozinheiro, chef ou especialista em gastronomia sabe distinguir o feijão – principal ingrediente do prato – da feijoada completa. Ou seja, é consenso que feijão não é feijoada.

A maconha, nome popular da planta cannabis sativa, possui mais do que 400 componentes, sendo que vários destes são denominados ‘canabinóides’ (substâncias que atuam nos receptores com este mesmo nome). Na primeira metade dos anos 60 foram determinadas as estruturas químicas dos principais canabinóides, incluindo o ∆9-tetrahidrocanabinol (∆9-THC), componente da droga responsável pelos efeitos psicoativos da planta. Atualmente são conhecidos cerca de 80 canabinóides, com outros efeitos, muitos deles com potencial terapêutico. Como exemplo, o canabidiol (CBD), um canabinóide que chega a constituir até 40% do extrato da maconha, apresenta vários efeitos opostos aos do ∆9-THC, tais como efeito ansiolítico e antipsicótico.

Maconha sintética começa a virar problema de saúde pública nos EUA

do Estadão

Uma mistura de ervas e produtos químicos apelidada de K2, que é vendida legalmente nos Estados Unidos como incenso mas que produz efeitos semelhantes aos da maconha quando fumada, está levando um número crescente de pessoas aos hospitais, informam médicos. 

O aumento súbito no número de chamadas de emergência já levou dez Estados a banir o K2 e outras marcas dos chamados produtos de maconha.sintética. Médicos que trataram usuários de K2 também estão emitindo alertas.

"Minha primeira reação a um produto é, 'cuidado, comprador'", disse o diretor de toxicologia do Cardinal Glennon Children's Medical Center, Anthony Scalzo. "Você não sabe exatamente o que há no produto, as doses relativas no produto, e não há garantia de qualidade", explicou.

K2, definido pelo Centro de Venenos do Missouri como uma mistura de ervas e especiarias salpicada com uma substância psicoativa, é comparado à maconha porque o composto químico interage com o cérebro de forma semelhante à droga.

A despeito da advertência no rótulo contra a ingestão, fumar K2 tornou-se um modo popular de drogar-se e escapar da polícia. O produto é vendido pela internet e em lojas de conveniência por US$ 30 ou US$ 40 o pacote de 3 gramas.

Usuários, desde adolescentes a adultos na faixa dos 60 anos, queixam-se de sintomas como agitação, ansiedade, hipertensão, vômitos e, em alguns casos, paranoia severa e alucinações.

"Essas pessoas vão parar na emergência e estão extremamente agitadas", disse Scalzo. "Elas sentem como se o coração fosse pular para fora do peito".

Ele disse que complicações do uso de K2 eram consideradas raras um ano atrás, com 13 casos informados em todos os Estados Unidos. Mas neste ano o total já chega a 766.

Serra defende união civil para gays, mas rejeita liberação da maconha

do R7

O presidenciável tucano José Serra defendeu nesta quinta-feira (29) em sabatina do R7 a união civil entre homossexuais. Sobre a liberação da maconha, no entanto, ele foi contra.

Serra disse que é "a favor da união civil, com todos os direitos e efeitos práticos de um casamento".

Segundo ele, a nomeação da união como “casamento” depende de convicções religiosas.

Já sobre a descriminalização do consumo da maconha, ele se disse contrário por entender que ela é uma droga que "abre portas" para outras. Ele usou o exemplo do combate à Aids para falar de como deve ser a luta contra a droga.

- A droga envolve questões criminais, mas também educação e tratamento para os dependentes [...] Quando eu era ministro [da Saúde], tinha dinheiro do Banco Mundial para pagar publicidade contra a Aids na televisão.

DROGAS - Alto consumo por fuga ou prazer?

do Yahoo Notícias

(BR Press) - Uma pesquisa inédita realizada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, divulgada em julho deste ano, traça, pela primeira vez, o mapa do uso de substâncias ilícitas, tabaco e álcool entre universitários brasileiros, apontando elevados níveis de consumo.

O I Levantamento Nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários foi conduzido nas 27 capitais brasileiras, envolvendo mais de 18 mil estudantes de instituições privadas e públicas. Eles responderam a um questionário com três medidas sobre o consumo de drogas: se experimentou em algum momento da vida, se utilizou ao menos uma vez nos últimos 12 meses e se fez uso pelo menos uma vez nos últimos 30 dias.

Metade experimenta 

Os dados mostram que 49% dos entrevistados já experimentaram alguma droga ilícita pelo menos uma vez e 40% utilizaram dois ou mais tipos destas substâncias nos últimos 12 meses. Porém, apesar dos altos números, a possibilidade de dependência não é o único fator a ser analisado.

Para o psicólogo e sociólogo Antônio Carlos Egypto, que trabalha há 20 anos com educação, as justificativas utilizadas para o consumo também precisam ser discutidas: prazer e possibilidade de esquecer os problemas.

Álcool provoca doenças cardíacas

do Jornal de Angola

O consumo de álcool por mulheres grávidas causa problemas cardíacos às crianças que estão a ser geradas, disse a médica cardiologista do Hospital Pediátrico de Luanda Dr.David Bernardino, Sebastiana Gambôa.

A médica disse ainda que a doença cardíaca nas crianças muitas vezes  é provocada por uma infecção na garganta através de uma bactéria que se não for combatida a afecta principalmente as válvulas cardíacas.