sábado, 24 de abril de 2010

“Há 36 mil dependentes de droga em terapia”

do Correio da Manhã

João Goulão, Presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência sobre aparecimento de 24 novas substâncias.

Correio da Manhã – O número de novas drogas descobertas em circulação, em 2009, foram 24. Este é um número recorde?

João Goulão – É verdade, nunca tinha havido, no mesmo ano, tantas novas substâncias reportadas. É, de facto, um número recorde.

Droga é doença!, do Brasília em Dia

do Brasília em Dia

Muito se tem falado sobre a dependência química, que nada mais é do que a doença dos dependentes de drogas. Casos trágicos ocorrem com muita frequência em todo o mundo, vitimando pessoas de todos os níveis sociais. Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerar o dependente um doente, muito preconceito ainda envolve a questão, pois a sociedade teima em ver como pessoas fracas e irresponsáveis os alcoólatras, os cocainômanos, os maconheiros e, agora, os consumidores de crack, além daqueles que se drogam com tranquilizantes.

O psiquiatra Mário Biscaia, que tem vínculo com um centro de pesquisas sobre dependência química, integrante da Universidade Rockfeller, em Nova York, aborda com profundidade o tema, constatando que o problema é mesmo uma doença.

– Por que uma pessoa procura consumir drogas? Apenas por carências psicológicas ou há também fatores orgânicos?

– Não existe um fator único. Há uma predisposição do meio social, da família, características psicológicas, como indivíduos com baixa tolerância à frustração ou com impulsos, além de uma predisposição orgânica, genética, à dependência química. Esta predisposição vem sendo provada nos últimos anos em função da descoberta das endorfinas, drogas internas produzidas por nossos organismos em situações de estresse e de dor, que promovem nosso bem-estar. Em estudo feito nos Estados Unidos, foi provado que algumas pessoas sofrem de uma alteração nesse metabolismo, produzindo menos endorfinas. As drogas então viriam a preencher o vazio deixado pela baixa produção de endorfinas.

Cientistas testam drogas psicodélicas contra ansiedade e trauma

do Estadão

Nicky Edlich, de 67 anos, engoliu uma grande pílula branca e viu o mundo se transformar em um domo de joias. O domo então se abriu, dando entrada a "esta luminescência incrível, que fez tudo ficar ainda mais bonito". Lágrimas escorreram por seu rosto enquanto ela via "como o mundo pode ser bonito". Esta foi sua primeira "viagem" psicodélica, que ela diz ter sido de grande ajuda no tratamento psicoterapêutico para a ansiedade causada pelo câncer de ovário em estágio avançado.

Para os cientistas envolvidos na pesquisa, foi mais um pequeno passo no caminho de mostrar que as drogas alucinógenas, famosas e condenadas nos anos 60, poderão um dia ajudar médicos a tratar condições como ansiedade e estresse pós-traumático.

O estudo da Universidade de Nova York do qual Nicky tomou parte é um dos poucos em andamento no mundo com drogas como LSD, MDMA (ecstasy) e psilocibina, o ingrediente ativo dos cogumelos alucinógenos. O trabalho segue em linhas de pesquisa sufocadas há anos pela guerra às drogas.  A pesquisa ainda é preliminar, mas está acontecendo.

"Agora existem mais pesquisas psicodélicas em andamento no mundo do que em qualquer momento dos últimos 40 anos", disse Rick Doblin, diretor-executivo da Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos, que financia alguns dos trabalhos. "Estamos no fim do começo de um renascimento".

Ele disse que mais de 1.200 pessoas participaram de uma conferência na Califórnia sobre ciência psicodélica.

Mas fazer a pesquisa não é fácil, disse ele, com o financiamento público escasso e as indústrias desinteressadas em substâncias que não podem ser patenteadas.

"Há muita resistência a isso", disse David Nichols, da Universidade Purdue. "A coisa dos hippies nos anos 60" e a cobertura feita pela mídia na época "deixaram um gosto ruim na boca do público em geral".

O estudo da Universidade de Nova York está testando se a droga pode ajudar nos nove meses de psicoterapia concedidos a cada paciente. A terapia busca ajudar os pacientes a desfrutar melhor do tempo de vida que lhes resta.

Cada participante recebe duas doses de drogas durante o experimento, mas apenas uma delas envolve psilocibina. A outra é um placebo, que apenas causa rubor na face.

A entrega da pílula segue um ritual, envolvendo uma taça de cerâmica, porque o uso da psilocibina nas culturas que se valiam da droga sempre esteve ligado a rituais, de acordo com os cientistas.

Especialistas advertem que ninguém deve tentar tomar psilocibina por conta própria e sem supervisão, porque a droga pode prejudicar a saúde mental, causando paranoia e ansiedade.

Depois da visão do domo brilhante, Nicky passou por duas outras "viagens", envolvendo partes de sua vida. Ela não fala sobre esses trechos da experiência, nem mesmo com amigos. Ela diz que teve "muita tristeza e sofrimento", mas que essas experiências a ajudaram a entender o que era importante em termos de confiança e relacionamentos.

Ela falou com os psicoterapeutas sobre o que havia passado. Foi para casa e escreveu 30 páginas de um diário a respeito. E pensou no assunto por semanas. "Acho que me deu mais consciência do que era tão importante e o que estava me deixando triste ou deprimida. Acho que foi revelador", afirmou.

MP estuda relação entre álcool e violência

do Conjur

Como pequenos conflitos acabam virando atos de violência? Qual a relação entre o consumo excessivo de álcool e a violência? Como o dono do bar pode ser um pacificador de conflitos? Essas e outras perguntas serão respondidas no 1º Seminário Bares, Sociedade Civil e Poder Público em Busca da Paz, que o Ministério Público promove na próxima segunda-feira (26/4), a partir das 8h, no Sacolão das Artes, na Zona Sul da Capital (Rua José Cândido Xavier, 577, Parque Santo Antônio).

O evento faz parte do projeto Promotoria Comunitária de Santo Amaro, iniciativa do Ministério Público que conseguiu significativa redução nos índices de homicídios da região graças ao envolvimento da sociedade. Uma das razões do sucesso da iniciativa implantada em Santo Amaro foi o convencimento dos proprietários de bares, que concordaram em fechar voluntariamente seus estabelecimentos às 22h. As estatísticas mostravam que grande parte das mortes violentas ocorria após esse horário e nas proximidades de bares.

ÁLCOOL - Consumo agrava alergias

do Yahoo Notícias

(BR Press*) - Estudos descobriram que o álcool pode causar ou agravar os sintomas da asma e febre do feno, como espirros, coceira, dores de cabeça e tosse. Cerveja, vinho e bebidas alcoólicas contêm histamina, produzida por leveduras e bactérias durante o processo de fermentação. Histamina é o produto químico que desencadeia os sintomas alérgicos. Vinho e cerveja também contêm sulfitos, outro grupo de compostos que provocam sintomas de asma e outras alergias.

Em um estudo realizado na Suécia em 2005, cientistas pesquisaram milhares de pessoas e descobriram que, comparados com a população em geral, aquelas com diagnóstico de asma, bronquite e febre de feno eram muito mais propensas a experimentar espirros, coriza e sintomas das vias aéreas inferiores, depois de uma bebida.

Vinho tinto e vinho branco foram os mais frequentes causadores de sintomas alérgicos. E as mulheres, por razões desconhecidas, foram cerca de duas vezes mais suscetíveis ao problema que os homens.

Outro estudo com milhares de mulheres, publicado na revista Clinical and Experimental Allergy em 2008, constatou que mais de dois copos de vinho por dia quase duplica o risco de sintomas de alergia. E isso, mesmo entre as mulheres que estavam livres de alergias sazonais e crônicas no início do estudo.

Esses estudos ajudam a procurar outros alimentos que não contenham histamina, como queijos maturados, alimentos em conserva ou fermentados, como pão, maçã e uva.

(*) Com informações do SisSáude

Detectadas 24 novas drogas na Europa

do A Bola

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) e a Europol identificaram, em 2009, 24 novas drogas sintéticas a circular na Europa.

De acordo com a TSF, a internet é o meio mais utilizado para o tráfico destas novas substâncias. O efeito destas drogas ainda não é totalmente conhecido.

Relativamente ao ecstasy, o relatório destas duas entidades mostra um aumento da presença da piperazina (substância usada em medicamentos para controlo de parasitas) nos comprimidos a circular no mercado, enquanto que o MDMA (o composto “base” do ecstasy) se torna menos utilizado.

Desde 1997, já foram detectadas mais de cem novas drogas a circular na Europa.

Brasil e Paraguai lançam programa de combate às drogas

da AFP

ASSUNÇÃO — Representantes dos governos do Brasil e Paraguai firmaram nesta sexta-feira um programa de cooperação no combate às drogas, o segundo deste tipo entre os dois países, informou o Ministério paraguaio das Relações Exteriores.

O programa de Cooperação prevê metas e prazos para a execução de operações e outras atividades conjuntas de investigação e combate à produção e ao tráfico de drogas no período 2010-2012.

O documento foi firmado hoje na sede da Chancelaria paraguaia pelo diretor-geral da Polícia Federal brasileira, Luiz Fernando Correa, e pelo secretário executivo da Secretaria Nacional de Combate às Drogas (Senad) do Paraguai, comissário César Aquino.

As duas instituições se comprometeram ainda a monitorar o plantio de maconha e a realizar operações para a erradicação desta droga, além de missões anuais conjuntas de investigação para desarticular organizações criminosas.

Também ficou acertado a troca de informações nas áreas de perícia criminal, capacitação de funcionários paraguaios e outras atividades conjuntas para o combate às drogas.

O programa faz parte do acordo entre os dois países sobre prevenção, controle e repressão ao tráfico de drogas, firmado em 29 de março de 1988.

Dilma rejeita iniciativas favoráveis à descriminalização da maconha

do Estadão

BELO HORIZONTE - A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, condenou nesta sexta-feira, 23, iniciativas no Brasil favoráveis à descriminalização de substâncias entorpecentes, numa crítica velada ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defensor de que a posse de maconha para uso pessoal não seja considerada crime.

Em entrevista à Rádio JM Difusora, de Uberaba (MG), a ex-ministra da Casa Civil provocou também os tucanos ao afirmar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "melhorou muito" a distribuição da renda no País, "porque subir na vida era uma coisa que tinha acabado no Brasil".

Dilma reiterou que estabeleceu três prioridades na área social: saúde, segurança pública e educação, sendo que o investimento na área educacional é fundamental para ampliar a distribuição de renda.