sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pesquisa liga crack a 72,5% dos moradores de rua de Porto Alegre

Do Zero Hora

Drogas pesadas, sexo sem camisinha e assaltos estão incorporados ao dia a dia dos jovens e adolescentes que perambulam pelas ruas das grandes cidades gaúchas. Muito mais até do que se supõe no pior pesadelo.

Pesquisa realizada ao longo de dois anos com 204 jovens que passam a maior parte do tempo nas avenidas de Porto Alegre e 103 nas de Rio Grande mostra que praticamente todos já consumiram bebida alcoólica. Na Capital, 72% provaram crack e 39% fazem uso diário ou quase diário (mais de 20 dias) da droga.

A pesquisa foi coordenada pelo doutor em psicologia Lucas Neiva-Silva, com participação da ONG Centro de Estudos de DST-Aids do Rio Grande do Sul e do Centro de Estudos Psicológicos de Meninos e Meninas em Situação de Rua vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e à Universidade Federal do Rio Grande (Furg). O estudo tem apoio do Ministério da Saúde.

Internauta pode opinar sobre restrições contra o cigarro

Da Gazeta do Sul

Um canal aberto por meio da internet dá oportunidade para o cidadão comum opinar sobre um assunto que tem causado muita preocupação no Vale do Rio Pardo – as restrições contra o fumo. O tema da enquete deste mês, no site do Senado, é o projeto de lei prevendo a extinção dos fumódromos em todo o Brasil. Não se descarta que o resultado da pesquisa possa ter certa influência na decisão de deputados e senadores.

Crack, repressão e educação, por Fabrício Pozzebon*

Do Zero Hora

É indiscutível o flagelo que o crack traz às pessoas usuárias, às famílias e à sociedade como um todo. A campanha da RBS Crack, Nem Pensar tem exercido importante influência no sentido de conscientizar sobre os malefícios da droga e ao apontar sugestões para o seu enfrentamento. Recentemente, o Comitê de Luta Contra o Crack da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul definiu quatro focos prioritários com tal finalidade: a formação de uma rede integrada de ações contra o crack, o fortalecimento dos agentes com atuação na área e nos conselhos municipais de entorpecentes, a prevenção junto aos jovens e o financiamento público.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, revelou em painel promovido pela RBS o quanto ainda temos de avançar no tocante à identificação das causas do problema, uma vez que a última pesquisa sobre o tema no Brasil foi realizada em 2005 e, agora, está sendo traçado um perfil mais detalhado dos usuários. Mas há algumas notícias alvissareiras no sentido de que o governo está disponibilizando recursos para o combate às drogas e apoio ao usuário, apresentando como objetivos: o aumento em 2,3 mil dos leitos para tratamento no país e a ampliação com mais 30 centros psicossociais para todo o Brasil, sendo cinco para o Rio Grande do Sul, de modo que o Brasil chegue a 1,5 mil centros, cobrindo aproximadamente 65% do considerado ideal.