segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Maconha alivia dores causadas por neuropatias

da AFP

MONTREAL — Fumar maconha alivia as dores provocadas por neuropatias crônicas e ajuda a dormir, concluíram cientistas canadenses, autores de um estudo publicado no jornal da Associação Médica Canadense (CMAJ).

A equipe de cientistas, chefiada pelo doutor Mark A. Ware, dos departamentos de anestesia e medicina da família da Universidade McGill de Montreal, concluiu que a canabis é bem tolerada pelos pacientes e melhora sua moral, acrescentou o estudo.

A pesquisa foi realizada com 21 adultos que sofriam de dores causadas por neuropatias crônicas depois de um traumatismo ou de uma intervenção cirúrgica.

Cada um fumou, com intervalos de nove dias, três doses diferentes de maconha, bem como um placebo.

Observou-se que a dose mais forte do princípio ativo da canabis - 25 mg de tetrahidrocanabinol a 9,4% -, fumada três vezes ao dia durante cinco dias produziu efeitos benéficos mais notáveis.

Os cientistas recomendaram realizar um estudo sobre a eficácia e eventuais efeitos colaterais de um tratamento com maconha a mais longo prazo.

As doses usadas no trabalho atual são muito menores das que em geral consomem aqueles que fumam maconha recreativamente.

Estudo preliminar concluiu que maconha reduz a dor crônica

do Estadão

Fumar maconha em cachimbo pode reduzir significativamente a dor crônica em pacientes com nervos danificados, revelou um pequeno estudo feito no Canadá.

O experimento, envolvendo 23 participantes, também melhorou o sono e reduziu a ansiedade entre os que fumaram a droga.

Em artigo publicado na revista científica Canadian Medical Association Journal, os cientistas disseram que são necessários mais estudos, em larga escala e com a utilização de inaladores.

Comentando o trabalho, especialistas britânicos disseram que a melhoria na dor foi relativamente pequena, mas acrescentaram que o trabalho pode ter implicações importantes.

Entre 1 e 2% da população sofrem de dor neuropática crônica - dor resultante de problemas de sinalização entre os nervos -, porém há poucos tratamentos disponívels.

Segundo relatos de alguns pacientes que sofrem dessa condição, fumar maconha melhora seus sintomas.

Especialistas: proibir não é a solução contra o narcotráfico

do Terra

Manter a ilegalidade do consumo de drogas não é a solução na luta contra o narcotráfico, uma vez que essa política só fortalece o mercado, afirmaram especialistas na II Conferência Latino-Americana sobre Políticas de Drogas, encerrado nesta sexta-feira no Rio de Janeiro.

"A proibição da droga fez do narcotráfico um mercado muito lucrativo", disse Juan Carlos Hidalgo, coordenador de projetos na América Latina do Cato Institute, dos EUA. Hidalgo assinalou que a cocaína multiplica seu valor por 80 desde a saída dos países produtores até a chegada às mãos dos consumidores.

Na sua opinião, o fracasso da guerra contra o narcotráfico em países como o México não acontece apenas pela falta de treinamento da Polícia ou por corrupção, mas também pelo fato de que nesse país há um mercado de US$ 25 bilhões por ano.

A brecha entre as normas legislativas e as socialmente admissíveis é outro dos fatores que contribuem para o tráfico de entorpecentes, já que para alguns grupos é mais "aceitável" violar a lei, explica o economista colombiano Francisco Thoumi. "A política de penalizar os pequenos traficantes agrava estes conflitos entre normas sociais e legais", disse Thoumi, autor de várias publicações sobre narcotráfico.

Segundo o economista, quando um produto fácil de produzir é declarado ilegal, como a cocaína, sua produção se concentra em lugares onde é mais fácil violar a lei, entre os quais citou a Colômbia, onde, disse, "não há império da lei".

No entanto, os especialistas não ignoram que, em muitos casos, o tráfico de drogas financia grupos terroristas como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ou o peruano Sendero Luminoso.

Ao contrário dos defensores da legalização das drogas que participaram da conferência, o vice-ministro de Justiça do Equador, Freddy Pavón Rivera, acredita que uma descriminalização "fomentaria um estado propício à violação de direitos" e provocaria degradação na saúde pública.

Apesar do fortalecimento da legislação punitiva nos últimos 30 anos, o vice-ministro reconheceu a necessidade de reformas no sistema, de modo que não sejam separados os crimes de drogas do sistema penal geral.

Cigarro vicia mais que maconha, diz estudo

da Folha.com

Maconha é coisa de jovem: o usuário típico deixa a erva conforme vai envelhecendo, diz um estudo internacional que revisou os principais trabalhos já feitos sobre o tema.

Psiquiatra afirma que a legalização aumentaria o uso

De acordo com o "Cannabis Policy", publicação de 300 páginas lançada nos EUA, a droga ganha do álcool e do tabaco em segurança. Nove por cento dos que experimentam maconha tornam-se dependentes, contra 32% do tabaco e 15% do álcool.

Segundo os dados de Robin Room, da University of Melbourne, líder do trabalho, a droga causa relativamente poucos acidentes de trânsito. "Essa é a principal preocupação relacionada aos efeitos agudos da maconha", escreve Room, "porque ela reduz a atenção e a coordenação motora".

Dados mais recentes mostram que a maconha duplica a chance de acidentes. O álcool é pior: aumenta mais de dez vezes o risco. "Aparentemente, os motoristas que fumaram maconha dirigem mais devagar."