quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Michels ignora STF e diz que não permitirá ato em Diadema

Fonte: Diário do Grande ABC

O prefeito eleito de Diadema, Lauro Michels (PV), afirmou que não irá permitir a realização da marcha da maconha na cidade, que está sendo programada por grupo do Grande ABC para maio de 2013. "Sou contra. Minha administração não vai autorizar. Tem muita marcha a ser feita, como a da paz, Educação e outros temas em prol da humanidade."

No entanto, a declaração do futuro chefe do Executivo vai na contramão da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que, em junho do ano passado, garantiu o direito de cidadãos realizarem manifestações pela descriminalização e legalização de drogas em todo o País.

O atual prefeito, Mario Reali (PT), também tentou impedir a realização da manifestação em Diadema, mas não conseguiu.

Deu errado

Fonte: Folha de São Paulo

DENIS RUSSO BURGIERMAN

Nos EUA e na Europa, a política da maconha está mudando. No Brasil, porém, o debate travou. Seguimos nos inspirando em fracassos do passado, em Nixon

É inevitável que a guerra global contra a maconha acabe. Isso porque simplesmente não é possível acreditar que a humanidade continue insistindo em algo que deu tão errado. Seria muita burrice.

A proibição global da maconha é uma estratégia recente. Surgiu nos anos 1960, em resposta à contracultura hippie. Em 1971, o então presidente americano Richard Nixon batizou essa estratégia: era a "guerra contra as drogas", uma tentativa de usar a polícia e a justiça criminal para evitar que as pessoas usassem substâncias psicoativas.

Foi provavelmente a política pública mais desastrosa de toda história do homem na Terra.