domingo, 25 de julho de 2010

Especialistas em aids pedem fim do combate policial às drogas

da Veja.com

Alguns dos principais especialistas em aids do mundo emitiram um manifesto radical esta semana na 18ª Conferência Internacional sobre Aids, em Viena: declararam que o combate às drogas é um fracasso há 50 anos e defenderam seu abandono. Ninguém os ouviu.

Oficialmente, o assunto da reunião sobre aids, o maior encontro de saúde pública do mundo, é a necessidade de atacar a epidemia que cresce a passos largos entre viciados na Europa oriental, Rússia e Ásia. No entanto, os esforços dos organizadores em buscar publicidade para a Declaração de Viena, a favor de evitar a prisão de usuários de drogas e oferecer agulhas descartáveis, metadona e tratamento em caso de doença não chegou a lugar nenhum. Quase ninguém fala sobre o combate às drogas.

Mas todos se preocupam com o combate à aids, que está desmoronando. Os recursos de doadores se evaporaram com a recessão e, ao que parece, é possível que só um terço dos 33 milhões de infectados no mundo terá alguma esperança de tratamento.

Maconha, o dom de iludir

da Folha, link do Psicoblog

Semanas atrás, a Folha noticiou a proposta de criar-se uma agência especial para pesquisar os supostos efeitos medicinais da maconha, patrocinada pela Secretaria Nacional Antidrogas do governo federal.

Esse debate nos dias atuais, tal qual ocorreu com o tabaco na década de 60, ilude sobretudo os adolescentes e aqueles que não seguem as evidências científicas sobre danos causados pela maconha no indivíduo e na sociedade.

Na revisão científica feita por Robim Room e colaboradores (“Cannabis Policy”, Oxford University, 2010), fica claro que a maconha produz dependência, bronquite crônica, insuficiência respiratória, aumento do risco de doenças cardiovasculares, câncer no sistema respiratório, diminuição da memória, ansiedade e depressão, episódios psicóticos e, por fim, um comprometimento do rendimento acadêmico ou profissional.