domingo, 5 de junho de 2011

Legalizar ou reprimir: maconha já é usada por 190 milhões

Fonte: Terra

LUÍS BULCÃO PINHEIRO

Ilegal, como tem sido tratada na maior parte dos países, ou de uso descriminalizado, como tem sido experimentada em lugares como Holanda, Portugal e Suíça, a maconha segue sendo a droga mais utilizada no mundo, segundo o chefe de comunicação da divisão de análise de políticas do Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc, em inglês), Alun Jones. De acordo com relatório da Unodc sobre drogas de 2010, mais de 190 milhões de pessoas (aproximadamente a população do Brasil) consumiram maconha pelo menos uma vez no último ano. A tendência será novamente confirmada no relatório de 2011, que será divulgado no próximo dia 23.

De acordo com Jones, os três tratados internacionais sobre controle de drogas (tratado de narcóticos, 1961, tratado sobre substâncias psicotrópicas, 1971, e de combate ao tráfico de drogas, 1988) ajudaram a limitar o número de consumidores de drogas ilícitas para uma pequena fração da população adulta mundial, "muito menor do que o número daqueles que consomem substâncias lícitas que causam dependência, como álcool e tabaco". Segundo Jones, os consumidores de drogas ilícitas perfazem 25 milhões. "Menos de 0,5% da população mundial", ressalta.

Rapaz é preso com 80 pés de maconha em Sobradinho, no DF

Droga era produzida com sementes geneticamente modificadas.
Esta foi a maior apreensão da “supermaconha” no Distrito Federal

Polícia apreendeu 80 pés de maconha em uma casa no Condomínio Jardim Europa, em Sobradinho, região administrativa a 22 quilômetros de Brasília, na manhã deste sábado (4). José Gabriel Souza, de 22 anos, era o responsável pela droga, segundo a polícia. Ainda de acordo com a polícia, José Gabriel agia há seis anos e mantinha uma estufa em casa para produzir a maconha que era geneticamente modificada.

“Essa droga é conhecida como skunk ou supermaconha. O teor alucinógeno dela é de 15%, enquanto o da maconha normal é de 2,5%. Além disso, o preço dela é quarenta vezes maior que a outra”, afirmou o delegado da 35ª DF, Pablo Aguiar.

A polícia chegou até o acusado depois de seis meses de investigação. O jovem informava os usuários da produção da droga em um site especializado no assunto. Na página dava informações sobre o plantio e o cultivo.

Foram apreendidos ainda substratos para a planta, fertilizantes e sementes de várias espécies. Esta foi a maior apreensão da “supermaconha” no Distrito Federal, segundo a polícia.

A polícia estima que essa maconha seria vendida no Plano Piloto, centro de Brasília. O acusado responderá por tráfico e pode pegar até 15 anos de prisão.