sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cigarro ainda é primeira causa de morte evitável no planeta

do Donna DC

O cigarro já perdeu o status de glamour que exalava há algumas décadas, mas segue como um problema real para a saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo ainda ocupa o topo da lista de causas de mortes evitáveis no planeta. Neste domingo, dia 29 de agosto, quando é comemorado mais um Dia Nacional de Combate ao Fumo, a data serve de alerta para uma situação ainda bastante preocupante no país.

A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja fumante, o que significa cerca de 1,2 bilhão de pessoas. As mortes devido ao uso de tabaco correspondem a 4,9 milhões ao ano, ou seja, 10 mil mortes ao dia.

Professora de Enfermagem em Saúde Pública do Complexo Educacional FMU, Valéria Leonello relata que pesquisas recentes indicam que o percentual de fumantes vem caindo no Brasil. No entanto, a situação não deixou de ser alarmante.

Governo quer deixar mais clara na lei diferença entre usuário e traficante de drogas

do Pernambuco.com

O governo brasileiro pretende deixar clara a diferença entre o usuário de drogas e o traficante na proposta de revisão da lei de drogas. O novo texto está sendo elaborado por um grupo coordenado pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) e depois será encaminhado para a apreciação do Congresso Nacional.

O secretário nacional de Políticas sobre Drogas, general Paulo Roberto Uchoa, disse hoje (26) que a lei de drogas, de 2006, foi um avanço, mas é preciso aprimorá-la em alguns aspectos, como a distinção entre usuários e traficantes. Para ele, usar a quantidade de droga apreendida para fazer essa distinção não é o melhor caminho.

“Há uma área cinzenta que está sendo difícil de interpretar, que é a diferença entre o uso e o tráfico para pequenas quantidades. Há informações de que muitas pessoas presas como traficantes talvez não sejam. Mas é muito difícil estipular que carregar dois cigarros de maconha é uso ou tráfico”, disse Uchoa.

O secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, assinalou que hoje os casos duvidosos acabam resultando em prisão do acusado. Ele também acredita que possa haver uma mudança de abordagem para esses casos.

Abramovay e Uchoa participaram hoje (26), no Rio de Janeiro, da abertura da 2ª Conferência Latino-americana sobre Políticas de Drogas. Na abertura do evento, Abramovay defendeu um debate sem preconceitos sobre os rumos da política de drogas no Brasil e na América Latina.

De acordo com Abramovay , o Brasil não pode fazer essa discussão sem integrar os países vizinhos, dos quais três são os maiores produtores de cocaína do mundo (Colômbia, Peru e Bolívia) e um é importante produtor de maconha (Paraguai).

Já Uchoa disse que o Sistema de Nacional de Políticas sobre Drogas está deixando a desejar, porque alguns estados e municípios não mantêm conselhos estaduais e municipais para tratar a questão das drogas, como é o caso do estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, sem o conselho, estados e municípios não conseguem montar uma estratégia de prevenção eficaz para evitar que jovens que hoje não usam drogas passem a usá-las.

Sobre o Plano Nacional de Combate ao Crack, Uchoa disse que o governo federal deve lançar no próximo mês os editais para municípios que queiram ampliar sua rede de atendimento a dependentes da droga.

Da Agência Brasil

60% dos fumantes com câncer não largam vício após o diagnóstico, diz Icesp

do Estadão

SÃO PAULO - Um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, aponta que 60% dos fumantes diagnosticados com câncer não conseguem largar o cigarro mesmo após descobrir a doença.

O estudo apontou ainda que, de todos os atendimentos feitos este ano no Icesp, 35% dos pacientes afirmam ser fumantes no momento em que ingressam na unidade para iniciar o tratamento.

Para quem luta contra o câncer, os efeitos do cigarro são extremamente prejudiciais. O tabagismo dificulta a cicatrização, prejudicando pacientes submetidos a cirurgia oncológica. Além disso, eleva a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares e infecções respiratórias. A função pulmonar também é altamente atingida, o que pode aumentar o risco de complicações durante o período de radioterapia, por exemplo.

Outra séria complicação provocada pelo cigarro nos pacientes oncológicos é durante o período de quimioterapia. Para quem é fumante, alguns quimioterápicos podem surtir efeito bem menor no organismo, o que prejudica o tratamento e, muitas vezes, a cura. Os efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, perda de apetite e sintomas respiratórios, também são intensificados.

"Infelizmente, a grande maioria relata dificuldades para abandonar o cigarro, mesmo após receber o diagnóstico de câncer. Mas é fundamental que essa realidade mude, não só para melhorar a qualidade de vida das pessoas como para ajudá-las na luta contra a doença", afirma o médico pneumologista Frederico Leon Fernandes, do Icesp.

Para incentivar os fumantes a largar o vício e diminuir o desconforto da abstinência, o instituto oferece tratamento para os pacientes internados, como distribuição de gomas de nicotina e adesivos - as duas formas mais indicadas nesse período. Porém, ainda é perceptível a dificuldade deles para abandonar o cigarro, mesmo após descobrir a doença e conhecer todos os males provocados pelo tabagismo

Plínio defende uso do Twitter e redução da jornada de trabalho

do Terra

Em encontro com estudantes da Universidade de Brasília (UnB), nesta quarta-feira (25), o candidato à presidência da República Plínio de Arruda Sampaio, do Psol, afirmou que o objetivo principal de sua candidatura "não é o voto", mas sim "apresentar uma alternativa".

O presidenciável defendeu a redução da jornada de trabalho para que os trabalhadores tenham tempo para "fazer o que dá prazer". O candidato defendeu também a tributação sobre grandes fortunas e uma mudança no modelo de combate às drogas, que fiscalize sem "perseguir" a juventude.

O candidato disse que se sua campanha "conseguir ter força de voz, já será uma vitória" e destacou o uso de ferramentas como o Twitter como um dos pontos altos de sua campanha. "Hoje é a televisão que resolve, mas a próxima (eleição) vai ser o Twitter, porque ele não tem filtro nenhum".

Uma das questões apresentadas a Plínio veio de uma participante que se disse "anarquista" e criticou o fato de o candidato do Psol estar participando de uma "eleição burguesa". O presidenciável respondeu não ser possível "sair totalmente da realidade". "Se o nível de conhecimento do brasileiro subir, eu passo para o partido dela (anarquista)", disse. "Agora, eu não tenho condições de ser ouvido se não ceder alguma coisa. A gente tem que caminhar, mas não pode perder as amarras da nossa realidade".

Menos trabalho, mais prazer
Ao falar sobre a proposta de redução da jornada de trabalho, o candidato disse que ela deve ocorrer sem diminuição de salário e lembrou que atualmente, além das oito horas de trabalho diárias, ainda é preciso contar o tempo que se perde até chegar em casa.

"Nós existimos para viver, para explorar os potenciais da nossa existência, para fazer o que nos dá prazer. É preciso que o homem tenha hora para escutar música, para ficar sem fazer nada, para cuidar da mulher e dos filhos. Se com isso não vamos ter o padrão de consumo dos Estados Unidos, que fiquem os americanos com esse padrão".

Quando o tema foi a questão tributária, Plínio destacou a necessidade de se ter um imposto sobre grandes fortunas. "Aí nós vamos carcar a mão". Também defendeu uma diferenciação nos tributos diretos dos produtos, dizendo que o que não faz diferença para os mais ricos, pesa no bolso dos mais pobres.

Maconha
O candidato também foi questionado sobre a legalização da maconha. Disse ter consultado especialistas sobre o tema e alertou que o problema não é a droga em si, mas a situação do usuário. "Para combater essa droga não se deve fazer uma política de perseguir o jovem", disse, para acrescentar, contudo, que a maconha pode ser a porta de entrada para outros vícios. "A pessoa entra na maconha e aí ela não faz nada, então ele vai para outra, porque o problema é ele, não é a droga".

Para Plínio, é preciso criar um "enorme sistema de apoio a quem demonstra o primeiro sinal de dependência", a partir de uma comissão plural que reúna representantes de diversos setores. "Não estou propondo um 'liberou geral', mas colocar sob o controle da lei".

Canadá: ladrões roubam da polícia maconha protegida por ursos

do Terra

A Polícia Montada canadense revelou nesta quarta-feira que a maconha apreendida no último dia 18 da plantação protegida por dez ursos negros no oeste do país foi roubada de uma delegacia poucos dias depois. A plantação ficava escondida em uma floresta perto de Lake Christina, a 550 km de Vancouver.

O responsável pela plantação decidiu atrair os ursos com ração para cachorros para evitar que a maconha fosse roubada. As imagens dos policiais rodeados por ursos negros nas imediações da plantação deram a volta ao mundo. Agora, a história ganha mais uma página insólita.

Depois de apreenderem a maconha, os agentes deixaram a droga em um depósito. Poucos dias depois da operação, o destacamento da Polícia Montada da região recebeu um trote, mas que foi o suficiente para tirar os policiais da delegacia. Enquanto eles estavam fora, a maconha apreendida foi roubada.

Na quinta-feira passada, a polícia recebeu uma pista anônima e encontrou a maconha roubada em uma fazenda. Desta vez, a droga não estava protegida por ursos, mas por 19 cartuchos de dinamite prontos para explodir. A desativação da dinamite foi mais fácil do que decidir o futuro dos dez ursos negros que protegiam a plantação.

As autoridades da província de Colúmbia Britânica, onde fica a cidade de Lake Christina, decidiram sacrificar os animais porque se habituaram à presença humana. O medo é de que, uma vez em liberdade, os ursos tentem se aproximar de seres humanos para receber alimento.

Vários grupos iniciaram uma campanha para evitar a morte dos ursos. Por enquanto, milhares de pessoas já declararam sua oposição ao sacrifício dos animais, entre elas o ator canadense Jason Priestley, famoso pelo papel de Brandon Walsh na série "Barrados no Baile".

Empresas de tabaco usam Youtube para driblar regulações publicitárias

da Abril.com

As firmas de tabaco têm usado o site de vídeos online Youtube para fazer o marketing de seus produtos, segundo constata um estudo realizado pela Univesidade de Otago, na Nova Zelândia.

A tática é uma tentativa de driblar leis reguladoras existentes em 168 países que assinaram a um acordo da Organização Mundial da Saúde, efetivado em 2005.
O estudo, que realizou buscas no website das cinco principais marcas de cigarro, constatou que 71% dos vídeos encontrados tinham conteúdo de incentivo ao vício.

Segundo um dos pesquisadores responsáveis, o Dr. Geroge Thompson, o problema não é os usuários do Youtube estarem deliberadamente procurando por anúncios de cigarros, mas sim que pessoas que estivessem apenas navegando pelo site acabavam se deparando com material pró-tabaco.
“Eles procuram Harley Davidson e encontram Marlboro bem no topo. Alguns vídeos foram vistos por mais de dois milhões de pessoas”, disse Thompson em entrevista para o “The Sidney Morning Herald”.

Segundo a líder da pesquisa, Lucy Elkin, as empresas de tabaco negaram o uso de propaganda na rede, mas a presença das marcas no site de compartilhamento de vídeos era bem consistente.

“A internet é ideal para o marketing do tabaco pela falta de regulações próprias e os bilhões de acessos diários”, afirmou Lucy.

Uma possível solução sugerida pelos cientistas é que o público e as organizações de saúde passem a pedir a retirada destes vídeos, como hoje é feito com matérias de conteúdo pornográfico

Processos a favor da legalização da Cannabis, tramitam no Supremo Tribunal Federal

do VivoVerde

“Tramitam no Supremo Tribunal Federal duas ações propostas pela Procuradoria-Geral da República – ADPF 187 e ADI 4274 –, as quais trazem à baila antiga celeuma jurídica no que diz respeito ao crime de apologia versus liberdade de expressão, envolvendo grupos que militam a favor de mudanças nas políticas públicas acerca do uso da maconha.

Em março deste ano, a Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos  – ABESUP protocolou na Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental suas considerações na qualidade de amicus curiae (amigo da corte). Pedido idêntico será protocolado na outra ação, tão-logo o relator admita o ingresso da associação no feito.

Além do cerne da questão propriamente dito, as razões apresentadas pela associação sugerem ao Supremo Tribunal Federal avançar em temas ainda pouco debatidos pela sociedade em geral, como a possibilidade do cultivo caseiro, do uso medicinal, terapêutico e religioso e, ainda a utilização da Cannabis como insumo na produção de bens de consumo.

Espera-se que a Corte Suprema avalie todas as questões suscitadas, interpretando os princípios fundamentais consagrados na Constituição brasileira, sem que isso enseje invasão das competências dos Poderes Legislativo e Executivo.

A proposta mantém incólume a Lei 11343/2006 – sobre o uso e tráfico de drogas – e, ao mesmo tempo, apresenta uma solução ponderada, de modo que o STF poderá, se preferir, tão-somente interpretar os valores constitucionais envolvidos e, após essa definição, eventuais interessados nos temas poderão buscar a devida regulamentação via SENAD/CONAD, seguindo caminho idêntico ao traçado pela ayahuasca.”

Veja o processo em PDF

Acompanhamento Processual (link para stf.jus.br)

A Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos (ABESUP), fundada em Salvador, Bahia, em Maio de 2008, tem como objetivo reunir especialistas, profissionais de ensino e perquisadores para desenvolver estudos sociais sobre o uso de susbtâncias psicoativoas, assim como promover debates sobre os problemas e a defesa do interesse comum.