sexta-feira, 28 de maio de 2010

Combate ao crack recebe verba de R$ 410 milhões

do Repórter Diário

Em 10 anos, o número de usuários de crack tem crescido vertiginosamente. Embora não haja um 'censo' oficial, pesquisadores alertam que a droga, que antes figurava apenas nas ruas de periferia de São Paulo, espalhou-se por todas as cidades do Brasil com uma velocidade impressionante.

Para combater esse problema de saúde pública, o governo federal anunciou, na última semana, o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, que prevê, ainda em 2010, dobrar o número de vagas para internação de usuários (de 2,5 mil para 5 mil) e R$ 410 milhões em investimentos para ações de saúde, assistência e repressão ao tráfico.

O decreto assinado pelo presidente Lula durante a 13ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios tem por objetivo coordenar as ações federais de prevenção, tratamento, reinserção social do usuário do crack e outras drogas, além de enfrentamento ao tráfico, em parceria com estados, municípios e sociedade civil.

Bolívia virou tema preferencial do duelo verbal entre Dilma e Serra

do Correio Braziliense

A Bolívia virou tema preferencial do duelo verbal entre os pré-candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). O tucano voltou a condenar o governo boliviano por ser cúmplice do tráfico de drogas na fronteira com o Brasil e pediu uma posição firme do governo brasileiro para combater o contrabando ilegal, especialmente o de cocaína. Para Dilma, a fala de Serra mexe com a soberania do povo boliviano e demoniza a gestão do presidente, Evo Morales.

Falando para uma plateia de duas mil pessoas, entre secretários municipais, gestores e trabalhadores da área de saúde, Dilma foi incisiva ao rebater o pré-candidato tucano. Disse que declarações como a de Serra contribuem para conflitos armados e demonstram soberba frente aos países vizinhos “Temos de construir um padrão diferente de relacionamento. Não é possível de forma atabalhoada sair dizendo que um governo é isso ou aquilo. Não se faz isso em relações internacionais. Não é papel de um estadista, de quem quer ser um estadista”, destacou a pré-candidata.

Mais tarde, o tucano voltou a criticar o governo boliviano pela entrada de drogas ilegais no Brasil. De acordo com Serra, a Bolívia não estaria empreendendo esforços para barrar o comércio. “É impossível que o governo (boliviano) não possa controlar isso. Não é pouca droga, é praticamente o grosso do consumido no país. É importante ter ação diplomática incisiva, pública, para conter o contrabando. Do contrário, é trololó”, criticou.

A declaração repercutiu mal entre os principais articuladores da política externa do governo Lula. Além de Dilma, o assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, também criticou a fala do tucano. “Isso envolve o relacionamento com países vizinhos que temos relações. O presidenciável Serra está tentando ser o exterminador da política externa”, apontou Garcia. (II)

Caracóis drogados dão a chave do vício

da Veja.com

Em uma experiência pouco usual para encontrar as chaves da dependência em seres humanos, cientistas americanos decidiram usar caracóis para estudar os efeitos da metanfetamina no cérebro. Descobriram que a droga, uma das substâncias conhecidas que mais viciam, produz memórias que dificilmente podem ser esquecidas. Isso, disseram, poderia provocar a reincidência dos dependentes químicos.

De acordo com a pesquisa, publicada no Journal of Experimental Biology, a metanfetamina é um psicoestimulante que "seduz as vítimas aumentando a auto-estima e o prazer sexual e induz a um estado de euforia". "Uma vez capturado, é muito difícil ao usuário romper o hábito", disse Barbara Sorg, da Universidade do Estado de Washington, que dirigiu o estudo.

Segundo a investigadora, o grupo escolheu o humilde molusco Lynmaea sgtagnalis (o caracol de lagoa) para suas investigações porque ele oferece um "modelo simples" que permite analisar os efeitos da droga em uma única célula cerebral. Tal como explica Sorg, a memória joga um papel muito importante nas dependências. "Tais drogas produzem recordações muito persistentes", disse. "À droga se associam todos os signos visuais, ambientais e aromáticos que produz."

Brasileiro e dois paraguaios são presos em plantação de maconha

do Jornal Dia Dia

Flagrante aconteceu na região de Pedro Juan; eles foram presos com 1,1 quilo de maconha prensada

A polícia encontrou 1,4 quilo de maconha picada e 1,1 quilo da droga prensada

Um brasileiro e dois paraguaios foram detidos em um acampamento montado na região de plantação de maconha, na Colônia Ybypé, em Pedro Juan Caballero. Com os três foram encontrados 1,470 quilo de maconha picada e 1,1 quilo da droga prensada.
A operação foi comandada pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, em investigação que apurava a existência de um centro de produção de maconha na região. Na área indicada, o acampamento foi encontrado e três pessoas foram presas: o brasileiro Paulo Odilo Garcia Filho, 45 anos, e os paraguaios Benigno Centurión Ortiz, 29 anos, e Tito Centurión Ortiz, 27 anos.
Além da maconha, os policiais apreenderam equipamentos utilizado na preparação da droga. Segundo a Senad, o carregamento seria destinado a abastecer o mercado brasileiro.

Cerca de 500 pessoas participam de marcha em defesa da legalização da maconha

do Correio Braziliense

Cerca de 500 pessoas participaram ontem da Marcha da Maconha. A passeata, que reivindica a legalização da droga, teve início por volta das 15h, na Catedral, e caminhou até o Supremo Tribunal Federal (STF), onde os manifestantes sentaram no chão formando o símbolo da folha da Cannabis sativa. Em seguida, se dirigiram à Rodoviária do Plano Piloto.

Ao escutar os gritos de “Um, dois, três, quatro, cinco mil! Tem que legalizar a maconha no Brasil!” e “A maconha não faz mal, é uma erva natural!”, os motoristas e pedestres se dividiram em buzinas de apoio e olhares de reprovação. Para a servidora pública Josenir Silva, 55 anos, a legalização da substância no Brasil é inviável. “É ruim porque as leis aqui são muito frouxas, não haveria controle.”

Renato Cinco, organizador da Marcha da Maconha do Rio de Janeiro, discorda. Ele participou de várias marchas no país e defende que a legalização reduziria a violência, além de trazer lucros para o governo. “A fortuna que se gasta no combate ao tráfico não deveria financiar fuzil, mas sim informação e tratamento de dependentes. A ausência de uma regulamentação do mercado de drogas leva à criminalização da pobreza e a danos muito maiores aos usuários.”

Uma das organizadoras do protesto, a estudante de audiovisual e integrante do Diretório Central de Estudantes da Universidade de Brasília Luísa Pietrobon, 22 anos, defende o plantio caseiro como forma de combater o tráfico, além do uso da maconha para fins medicinais. “De qualquer forma, o mais importante é que o debate seja aberto. Queremos que a liberdade de expressão e as liberdades individuais sejam respeitadas.” Um estudante de 17 anos que preferiu não se identificar comparou a maconha ao cigarro e ao álcool. “Se era para ser uma sociedade livre de drogas, porque algumas são legalizadas e outras não?”

Ao final do ato, os manifestantes se dirigiram à rodoviária e, em seguida, ao Museu Nacional, onde encerraram a marcha. Não houve registro de tumulto.