segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Se legalizar fosse fácil...

do O Globo

O primeiro político a colocar corajosamente, anos atrás, a descriminalização do uso da maconha em debate foi o Fernando Gabeira. De uns tempos para cá, o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso também aderiu ao tema. Agora, é o governador Sérgio Cabral quem prega a legalização "planetária" das drogas leves. Ele propõe que chefes de Estado levem a questão à ONU e a discutam em fóruns internacionais. Portanto, o assunto é mais que suprapartidário.

Trata-se de uma discussão mantida por pessoas que apostam na liberação regulada da venda e do consumo da cannabis sativa para acabar com o tráfico armado. Elas acreditam que a causa de tanta violência é a proibição, não o uso da maconha. Geralmente citam cigarros de tabaco e bebidas alcoólicas como exemplos de drogas legalizadas e sob controle.

Suposto chefe do tráfico é morto no México

do O Globo

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - As forças mexicanas de segurança mataram num confronto um dos principais líderes do poderoso cartel de traficantes La Familia, disse uma alta fonte governamental na sexta-feira-feira.

Alejandro Poiré, chefe nacional de segurança, disse que Nazario Moreno, conhecido como "El Más Loco", foi morto em um tiroteio na noite de quinta-feira na localidade de Apatzingan, reduto da quadrilha dele, no Estado de Michoacan, de onde é oriundo o presidente Felipe Calderón.

"Diversas informações obtidas durante a ação indicam que Nazario Moreno González foi morto ontem", disse Poiré em entrevista coletiva, confirmando indícios citados por ele próprio horas antes.

Acredita-se que Moreno fosse o principal líder do La Familia, quadrilha que usa uma filosofia pretensamente religiosa para justificar o assassinato de rivais e para evitar que seus traficantes abusem das drogas.

"O Mais Louco" mistura passagens bíblicas e frases de autoajuda para doutrinar seus subordinados, e tenta promover sua mística afirmando dar proteção às populações locais.

As autoridades mexicanas ofereciam recompensa de 30 milhões de pesos (2,4 milhões de dólares) pela captura de Moreno e de três outros líderes do cartel, e os EUA também solicitavam sua prisão.

Ele é o segundo chefe do tráfico a ser eliminado em pouco mais de um mês. Em 5 de novembro, foi morto Ezequiel Cárdenas, o "Tony Tormenta", do cartel do Golfo.

O cartel La Familia está em guerra com as facções Zetas e Beltrán Leyva pelo controle da costa de Michoacan, onde os traficantes recebem carregamentos ilegais de substâncias químicas usadas na produção de metanfetaminas. Dois líderes da "família" foram presos no ano passado.

A operação de caça ao "Mais Louco" causou graves incidentes. Desde quarta-feira à noite, homens armados sequestaram carros e caminhões, ateando fogo a muitos deles para bloquear as entradas de várias cidades de Michoacán. Os ônibus para a região foram suspensos, e centenas de agentes estão mobilizados para tentar controlar os ataques, aparentemente coordenados.

Cerca de 33 mil pessoas já morreram no México desde dezembro de 2006, quando Calderón tomou posse e decidiu mobilizar as Forças Armadas para combater o narcotráfico. La Família, que era uma quadrilha praticamente desconhecida há quatro anos, cresceu em proeminência nesse período, com uma mistura de violência, pseudoreligião e ajuda material aos pobres.

WikiLeaks implica altas figuras de Moçambique no tráfico de droga

do Público.pt

O tráfico em Moçambique atingia, em Setembro de 2009 – a data do telegrama divulgado pela WikiLeaks através do diário francês “Le Monde” – “uma tendência inquietante”, ainda que insuficente para chamar ao país “um narco-Estado corrompido”.

“Ghulam Rassul Moti, traficante de haxixe e de heroína no Norte de Moçambique desde, pelo menos, 1993, reduziu consideravelmente o montante dos seus subornos aos funcionários locais para [passar a] pagá-los directamente aos dirigentes da Frelimo”, no poder desde a independência moçambicana em 1975, lê-se no documento.

Cabo da Marinha é preso por associação ao tráfico de drogas

do R7

Um cabo enfermeiro da Marinha foi preso terça-feira (7) por agentes da DRFC (Delegacia de Roubo e Furto de Cargas), na Penha, zona norte do Rio. Ele é suspeito de associação ao tráfico de drogas.

Os policiais descobriram que um carro registrado no nome do militar vinha sendo utilizado pela mulher do traficante Luiz Cláudio Serrat, conhecido como Claudinho CL, responsável pelo tráfico na favela do Cajueiro, em Madureira, zona norte.

O criminoso também tinha influência na Vila Cruzeiro, principal comunidade do Complexo da Penha.

O cabo preso trabalhava no hospital Marcilio Dias, no Lins de Vaconcelos, também zona norte da capital. Ele disse ter sido obrigado a colaborar e emprestar seus documento aos criminosos.

Chefe da Guarda Municipal é preso por tráfico

do Região Noroeste

Um sargento da reserva da Polícia Militar, chefe da Guarda Municipal de Santa Fé do Sul, foi preso ontem por tráfico de drogas. Ele era investigado pela promotoria da cidade por tráfico e extorsão.

Dentro da sede da guarda, os promotores e a PM encontraram porções de cocaína e maconha. Ele foi levado ao presídio Romão Gomes, em São Paulo.

Combate ao tráfico rende R$ 500 a policiais

do Estadão

Os cerca de 43 mil policiais civis e militares, além de inspetores da Administração Penitenciária, do Rio vão receber gratificação extraordinária de R$ 500. Segundo o governo estadual, o dinheiro é um prêmio pelas operações de combate ao tráfico realizadas pelos funcionários de segurança pública.

O governo informou que o pagamento será depositado no dia 22. O decreto sobre o pagamento da gratificação extraordinária para os agentes de Segurança sai publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de amanhã,

UPPs. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, assinará hoje com o governador do Rio, Sérgio Cabral, acordo para criação de núcleos de acesso à Justiça em favelas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A primeira será a Cidade de Deus (zona oeste). Há ainda a possibilidade de o Tribunal de Justiça do Estado criar postos de atendimento de juizados especiais, assim como o Tribunal Regional Federal.

O papel do consumidor de drogas na cadeia do tráfico

do Midia Max

Enquanto emissoras de tevê exibiam na quarta-feira 1º as toneladas de drogas apreendidas no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, o escritor J., 57 anos, assistia às imagens envolto em fumaça. Sentado na poltrona de seu confortável apartamento no Leblon, na zona sul, ele fumava mais um dos cigarros de maconha que volta e meia costuma acender. “Uso desde os 19 anos”, conta. Apesar da distância que o separa das favelas de onde a polícia expulsou os traficantes, J., assim como outros usuários, é apontado pelas autoridades como um dos financiadores da gigantesca engrenagem das facções criminosas. Eles estão longe geograficamente, mas conectados pela velha lógica de mercado: um não existe sem o outro. Não tem fornecedor se não tiver consumidor. Simples assim. “O dinheiro que o tráfico busca sai de quem consome”, define o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame.

Por seu lado, J. culpa a lei que proíbe a droga. “Se a venda fosse liberada, não haveria traficantes”, diz, repetindo o mantra dos movimentos pela descriminalização das drogas. Não é tão simples, uma vez que se sabe que todas as drogas são nocivas à saúde. Combater o consumo é a parte mais difícil da luta contra os entorpecentes. Por isso, é preciso que a sociedade olhe para si própria e decida encarar esta questão. [...]