segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A responsabilidade dos usuários de drogas

do Tribuna da Imprensa

Carlos Chagas

Quando eclodem  as guerras,  os países  envolvidos dedicam-se a analisar suas causas, justificando-se pelo envolvimento nos  confrontos. Ainda em 1939  as democracias européias acusavam a Alemanha de invadir outras nações,  ao tempo em que Adolf  Hitler alegava o esbulho do Tratado de Versailles contra o povo germânico.

Sucedem-se as explicações sobre a conflagração no Rio, com a polícia e as autoridades denunciando a extensão do crime organizado no controle das favelas  e os narcotraficantes sustentando que a miséria e  o desemprego não lhes deixaram outra opção de sobrevivência.

Só que ambos os lados em choque, com raras exceções,  omitem o fator principal de responsabilidade pela conflagração: os usuários de  droga. Não tivessem  os viciados  se multiplicado em progressão geométrica e não estaríamos assistindo essa novela de horror.

Droga "legal" que imita maconha é vendida livremente em Israel

do Terra

Quiosques em Tel Aviv estão vendendo livremente uma nova droga sintética apelidada de "mabsuton". A raiz da palavra, mabsut, significa "alegre" em árabe e é largamente utilizada em hebraico, entre os israelenses, como gíria. Apesar de ter efeito bem mais forte do que a maconha, droga em falta no país, e de poder causar problemas de saúde, o "mabsuton" não é considerado ilegal.

De acordo com um israelense que consumiu a substância "mais de uma vez", o efeito da droga durou por cerca de uma hora e meia - bem mais que a maconha. Ele relatou ao Terra que, além dos efeitos psicológicos do "mabsuton", ele teve ainda pressão alta e pulso acelerado. "Senti como se tivesse acabado de correr uma maratona", contou. Ele explicou que fez a medição duas vezes depois de fumar a droga, que recebeu de amigos.

Polícia encontra plantação de maconha em república de universidade

do R7

A polícia prendeu cinco estudantes universitários, entre 20 e 25 anos, na zona oeste de São Paulo, por plantarem pés de maconha, no domingo (28). A droga estava dentro da república onde eles moravam.

Segundo a polícia, os jovens admitiram que cultivavam a erva há algum tempo e alegaram que era para consumo próprio. Além da plantação, foram apreendidos sementes e tabletes de maconha. Nenhum dos estudantes tinha passagem pela polícia.

Outros quatros jovens que moram na república e não foram encontrados pela polícia também serão ouvidos durante as investigações. Os universitários que foram presos podem responder por tráfico de drogas, com pena prevista de 5 a 15 anos de prisão.

Assista ao vídeo aqui

Brasil quer autorização para filmar produção de droga em países vizinhos

da Globo.com

BRASÍLIA - O governo brasileiro está negociando um acordo para usar o Vant (Veículo Aéreo não Tripulado) no espaço aéreo de Uruguai, Paraguai, Bolívia e Colômbia, países de onde sai boa parte da maconha, do crack e da cocaína consumidas no Brasil. A tentativa de convencer autoridades de outros países a abrir o espaço aéreo para uma aeronave da Polícia Federal brasileira é uma operação política delicada. Para não incorrer em quebra de soberania, o governo brasileiro se compromete a fazer uso limitado do Vant, a mais nova e poderosa arma da guerra contra o narcotráfico que chegou ao mercado mundial.

Pelo compromisso do governo brasileiro, o Vant faria sobrevoos para mapear as áreas de produção de drogas e, depois de concluído o trabalho, entregaria todos os documentos (fotos, filmes e relatórios) ao governo de cada país alvo da operação. As autoridades de segurança desses países decidiriam a melhor forma de enfrentar o narcotráfico. Poderiam planejar operações policiais próprias ou participar de esforços conjuntos com a Polícia Federal brasileira nas áreas de fronteira.

Legalização da maconha e populismo penal

do Paraná Online

Por que é muito difícil debater (ou decidir sobre) o tema da legalização (ou não) da "maconha" de forma racional? Por causa das nossas emoções e intuições morais (convicções morais, que se transformam facilmente em paixões fundamentalistas, se não controladas) que são geradas pelos nossos condicionamentos culturais.

Tudo começa com o seguinte: não existe pensamento desconectado das nossas emoções (e intuições morais) (é o que afirma o neurocientista português António R. Damásio, autor do livro O erro de Descartes). Na raiz de tudo estão as emoções (e intuições). Só depois é que vêm o pensamento, a opinião e a decisão (sobre um determinado assunto).

Se quisermos discutir racionalmente (e decidir sobre) um assunto sobrecarregado de emoções (e paixões), temos que trabalhar (coisa difícil, mas que deve sempre ser tentada) o chamado "controle "top-down'" (controle da sua opinião e da discussão pelo neocórtex, ou seja, pelo cérebro racional), que é a única "ferramenta" (humana) capaz de comandar as nossas inclinações, intuições, emoções e apetites naturais(1).

É hora de legalizar?

da ISTOÉ Independente

Descriminalizar as drogas leves pode contribuir tanto para a paz quanto as UPPs

Como todas as guerras, a do Rio de Janeiro é também econômica. Durante décadas, os governantes conduziram uma política de boa vizinhança com os criminosos. O passo seguinte foi a transformação das autoridades em sócios informais do crime. As explosões de violência eram pontuais. Em geral, estavam mais ligadas a guerras internas de traficantes pelo domínio de bocas de fumo do que a confrontos com policiais. Uma disputa territorial, com foco na conquista de mercados.

Com o passar dos anos, esse negócio foi se sofisticando. Passou a utilizar armas poderosas e a movimentar cifras bilionárias, que vão além do comércio local de drogas. O Rio se transformou num entreposto do tráfico internacional, comandado a partir das favelas. Nesse modelo perverso, a maior vítima era a população trabalhadora dos morros. Gente alvejada pelo fogo cruzado e morta “em combate” nas subidas das tropas de elite. Enquanto os consumidores continuavam enrolando em paz seus baseados, os policiais corruptos faziam seu pé-de-meia protegendo bandidos e liberando usuários endinheirados. Capitães Nascimento reais, se existem, colocavam a vida em risco a troco de nada.

Cigarro de maconha pode ter sido motivo de assassinato no centro

do Paraíba.com.br

Paulo Cosme

A disputa por um cigarro de maconha está sendo apontada pela polícia como o principal de motivo do assassinato ocorrido na tarde de sábado (27)  no centro de João Pessoa. O crime aconteceu por volta do meio dia na Praça Castro Pinto, em frente a um supermercado.

As investigações apontam que o autor do crime foi um menor de 12 anos. Ao lado corpo foi encontrado um cigarro de maconha o que leva a polícia a suspeitar de que a briga pelo cigarro pode ter sido o motivo do assassinato.

A vítima foi identificada como sendo o morador de rua Adriano José da Silva Santos, 25 anos  que residia na cidade de Mamanguape e trabalhava como flanelinha, lavando e vigiando carros nas proximidades do Mercado Central e do supermercado.

Testemunhas relataram à Polícia Militar que um adolescente conhecido na região por praticar diversos assaltos teria dado uma facada no peito do flanelinha  durante uma discussão na praça.  A vítima, que morreu na hora, era alcoólatra e estava embriagada, mas não havia queixas contra ele na região.

O crime foi presenciado por um policial militar, que ainda seguiu o adolescente durante a fuga. Contudo, segundo ele, o rapaz foi mais ágil e conseguiu correr em direção à 'cracolândia', no Centro da cidade.

Código Militar Militares usuários de drogas recebem punição severa

da Globo.com

BRASÍLIA - A Justiça Militar tem sido implacável com os jovens flagrados com drogas nas unidades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Mesmo em posse de quantidade ínfimas, principalmente de maconha, e somente para consumo próprio, o militar tem sido condenado à prisão. O Ministério Público Militar estima que 60% dos que prestam o serviço militar obrigatório, chamados incorporados, fazem ou já fizeram uso de algum tipo de droga. Para a Procuradoria Militar, casos de drogas já superam os de deserção.

Diferentemente da Lei Antidrogas, que aboliu a reclusão para usuários e as trocou por penas alternativas, o Código Penal Militar não distingue quem usa de quem trafica. Enquadra todos num artigo só. A pena é de um a cinco anos de detenção. O militar pego com qualquer quantidade é inevitavelmente condenado. Para até dois anos, pode cumprir a pena em liberdade.

Maconha deprime o sistema imunológico, mas isso pode ser bom, diz pesquisa

da Veja.com

A maconha danifica o sistema imunológico e deixa o corpo mais vulnerável a doenças como pneumonia e câncer, afirma estudo realizado pela Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. A mesma pesquisa afirma, porém, que ela também pode ajudar contra doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, quando o corpo passa a reagir contra suas próprias células.

Em testes com ratos de laboratório, o THC, principal substância ativa da maconha, provocou a produção de uma enorme quantidade de células mieloide-supressoras (ou MDSCs). No estado natural, o corpo produz essas células para atuarem como um freio do organismo, impedindo que o sistema imunológico fuja de controle e lute contra si mesmo. Mas o THC aumenta seu número em demasia, enfraquecendo as defesas naturais do organismo. Nos casos de câncer, essas células podem ainda  facilitar o crescimento de tumores.