sábado, 19 de junho de 2010

O vício ao longo das décadas

do Zero Hora

Anos 20
É o início da industrialização do tabaco e do consumo em larga escala no mundo, mas apenas entre os homens. Não se viam mulheres fumando em público.

Anos 30 e 40

Os anos dourados de Hollywood exaltam a imagem glamurosa da mulher fumante em interpretações de Greta Garbo, Marlene Dietrich e Rita Hayworth. Os fabricantes pagavam grandes estúdios para colocar um cigarro entre os dedos das grandes atrizes, para que fossem imitadas pelas fãs.

Com a guerra, ocorre o boom do consumo. Exércitos ajudam a disseminar o hábito em novas áreas. Ao retornar para casa, soldados acabavam iniciando as mulheres no vício.

Anos 50

Começam a surgir os primeiros estudos sobre os malefícios do tabaco. Mulheres já fumam, mas aparecer em público com um cigarro na mão é malvisto socialmente.

Anos 60 e 70

Propagandas procuram estimular o consumo – o movimento feminista torna o momento propício para associar o hábito à liberdade da mulher. Surgem cigarros mais finos e de aromas mais delicado para conquistar o gosto delas.

Anos 80

Mais consciente dos danos à saúde e sentindo mais as consequências, população dos países desenvolvidos começa a reduzir o consumo – comportamento mais visível entre os homens. Especialistas avaliam que, na contramão, as mulheres estavam mais preocupadas com a igualdade entre os sexos, tendo no cigarro um falso marcador de liberdade.

A indústria passa a focar suas estratégias em dois grupos de consumidores: jovens e mulheres.

Anos 90 e 2000

Estudos mostram que, entre adolescentes, mais meninas do que meninos estão começando a fumar. O grupo de fumantes homens, tabagista há mais tempo, está diminuindo. Em consequência, a tendência mundial é que o fumo se dessemine entre jovens, mulheres e classes menos favorecidas.

Nos países onde as mulheres têm menos direitos do que os homens, o cigarro ainda é visto como forma de se igualar socialmente a eles, segundo especialistas. É como se esses locais vivessem agora o que os ocidentais passaram na década de 60.

Fontes: pneumologista José Miguel Chatkin e psicóloga Cristina Perez, da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca

Saúde: Doentes esquizofrénicos consomem duas vezes mais cannabis

do Expresso

Porto, 18 jun (Lusa) -- Os doentes esquizofrénicos consomem cannabis duas vezes mais do que a população em geral, afirmou hoje o psiquiatra Miguel Bragança, no VII Colóquio Internacional de Esquizofrenia, a decorrer no Porto até sábado.

Segundo Miguel Bragança, da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), "estudos realizados mostram que 20 a 40 por cento dos doentes com doença psicótica referem o uso de cannabis nalgum momento da sua vida e 16 por cento dos doentes com esquizofrenia utilizam substâncias que não o álcool".

"O cannabis parece ser a substância de abuso mais utilizada. 55 por cento dos doentes consomem mais que uma substância tóxica, sendo a associação mais frequente o consumo de cannabis e de álcool", afirmou o especialista.

O Falso Barato

da Globo.com

O Ministério da Saúde estima que 600 mil jovens sejam dependentes de crack no Brasil. Mas alguns estudiosos calculam que este número seja o dobro. Estes são os impressionantes e preocupantes dados que constam de recente e providencial matéria da Revista Época, de 14 de junho . "Há uma epidemia de crack no Brasil, uma epidemia sem barreiras sócio-econômicas. Antes, prevalecia o consumo da maconha, de drogas sintéticas e de cocaína, mas o crack se infiltrou entre esses jovens", afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, especialista no estudo de dependência e coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo.

A matéria revela que é falsa a impressão de que os usuários da chamada "droga da morte" sejam de origem social pobre. "O crack é que empobrece os usuários", diz Solange Nappo, pesquisadora que há 20 anos estuda como o crack se espalhou entre a população e afirma que os usuários de classe média evitam comprar a droga diretamente do traficante, usando o serviço de "mulas" ou "aviõezinhos" - garotos pobres que compram as pedras em troca de dinheiro para financiar o próprio vício.

Abuso de álcool causa danos ao cérebro de adolescentes

do Correio do Estado

Um estudo realizado no Instituto de Pesquisa Scripps em La Jolla, na Califórnia, com macacos adolescentes revelou que beber em excesso em idade precoce pode causar danos permanentes ao cérebro.

Os piores danos impedem que as células-tronco se tornem neurônios no hipocampo, área do cérebro responsável pela memória e consciência espacial.

Como os cérebros dos macacos e dos humanos se desenvolvem da mesma maneira, a pesquisa sugere que efeitos similares podem ocorrer em adolescentes humanos.

Assim, o estudo reforça o argumento da política antiálcool dos EUA e outras que visam aumentar a idade mínima para os jovens começarem a beber.

Adolescente cultivava pés de maconha em casa

do A Tribuna

A Polícia Civil encontrou nesta tarde, por volta de 17h30, quatro pés de maconha na residência de um adolescente de 17 anos. O rapaz mora com a avó doente no bairro Capão Bonito. Depois de denúncias, a polícia encontrou as plantas. A maior delas tinha 15 centímetros. O garoto relatou à polícia que comprou as sementes, ele respondeu a um Termo Circunstanciado e foi liberado. Agora, a polícia vai investigar quem as forneceu.