do O Tempo
Fumante há seis anos, Paulo Oliveira Cintra se lembra de como o vício começou: alguns tragos em um cigarro mentolado. "Foi por curiosidade, o cheiro é mais agradável do que o do cigarro comum e não irrita tanto a garganta", diz o auxiliar administrativo, hoje com 23 anos.
O caso de Cintra exemplifica uma situação que as autoridades sanitárias brasileiras pretendem combater, a de que as substâncias aromatizantes misturadas ao tabaco causam uma maior possibilidade de dependência e despertam maior interesse no hábito de fumar, principalmente em adolescentes. Por esse motivo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda proibir a comercialização desse tipo de cigarro no Brasil. A proibição buscaria acabar com a venda de produtos de tabaco com chocolate, baunilha, cravo e outros condimentos que podem atrair crianças e adolescentes ao fumo.
"Os sabores têm um papel preponderante na iniciação ao fumo entre jovens e adolescentes. Quem fuma sabe que no primeiro contato há tosse e certa rejeição, e os sabores reduzem esse impacto", disse ao site Último Segundo o chefe da Unidade de Controle de Produtos Derivados de Tabaco da Anvisa, André Luiz da Silva.