segunda-feira, 1 de março de 2010

Encontro para pedir a legalização da maconha é barrado pela Justiça

da Época SP
Membros do coletivo Gandhia acreditam na urgência do tema e pretendiam se reunir no sábado (27). A pedido do Ministério Público, Justiça suspende manifestação
por Redação

Como cantava Bezerra da Silva, “pra fazer a cabeça tem hora”: 16h20 de sábado (27). Ou teria esse momento - a referência é ao horário em que alunos da Califórnia (EUA) saíam das salas de aula para fumar maconha, nos anos 70 -, quando membros do Projeto Gandhia acenderiam seus cigarros, mas baseados na legalidade. Em vez da erva proibida, seriam os aromas de orégano, salsinha e chá que tomariam o mais famoso vão livre da cidade. A concentração, pela legalização da maconha, foi barrada pela Justiça a pedido do Ministério Público. Segundo o site G1, a desembargadora Maria Tereza do Amaral foi a autora da decisão na qual afirma que trata-se de "uma manifestação de uso público coletivo de maconha". De acordo com Vinicius Silva, representante do coletivo Gandhia, fumar orégano seria um ato simbólico de que "a repressão nunca impediu as pessoas de fumarem". “Há um descaso com o tema, que é urgente. Enquanto o problema é tratado politicamente com lentidão, o tráfico é ágil”, havia afirmado Silva, antes da Justiça suspender o encontro, confundido na matéria do G1 com a Marcha da Maconha.

Como em algumas situações que envolvem a substância, há confusão no ar: o Gandhia não tem relação com a Marcha da Maconha, que está marcada para o dia 23 de maio, na marquise do Ibirapuera. “Não estamos organizando o encontro de sábado”, esclarece Marco Magri, membro da Marcha que foi impedida pelo Gaerpa (Grupo de Autuação Especial de Repressão e Prevenção dos Crimes da Lei Antitóxicos) em 2008 e 2009. “Gandhia e a Marcha têm membros em comum, mas as estratégias são diferentes”, explica Silva. “Eles agem juridicamente enquanto nós somos mais orgânicos, procuramos falar com as pessoas diretamente.” Sobre o risco de o encontro ser reprimido ou de sua proibição, Silva esclarece: “Não fazemos apologia e não incentivamos ninguém a fumar. Queremos discutir o problema de forma pacífica.”

Confira vídeo feito pela Marcha da Maconha em 2009:

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