sexta-feira, 15 de julho de 2011

Rapaz compra sementes pela internet e é preso cultivando 51 pés de maconha na Capital

Fonte: MidiaMax

Márcio Medeiros Viacek, de 23 anos, foi preso no início da tarde desta sexta-feira no Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, região leste de Campo Grande, por cultivar 51 pés de maconha na residência onde mora. A polícia chegou até ele após uma denúncia anônima.

Segundo informações policiais, ele não ofereceu resistência quando foi abordado pela polícia e levou os PMs até o fundo de seu quintal, onde a droga era cultivada. Ele disse que comprou 18 sementes pela internet e pagou a quantia de R$ 130.

Ele foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, e a droga foi encaminhada até a Denar (Delegacia Especializada em Combate ao Narcotráfico).

“A maconha sempre esteve presente na cultura brasileira”

Fonte: Revista Muito

No primeiro dia de funcionamento do Caps Gey Espinheira, em agosto de 2010, uma moça usuária de drogas chegou com uma malinha dizendo que estava disposta a se internar. O psicólogo João Martins, 30, coordenador do Caps, explicou que ali o tratamento era outro, com o sujeito interagindo com a sociedade e não apartado dela. A moça foi embora. Até hoje essa mudança de paradigma pega desavisados de surpresa. Muitos aceitaram o desafio e estão lá. Serviço pioneiro na Bahia, o Caps Gey Espinheira nasceu para cuidar de crianças e adolescentes, mas estendeu o atendimento a outros públicos. Hoje, são 111 pessoas, de 12 a 53 anos.  Com estrutura privilegiada na rede pública de saúde, oferece oficinas de teatro, pintura e música, além de atividades esportivas e sessões de acupuntura. Nesta entrevista, João defende a legalização do consumo e venda de drogas no Brasil, especialmente da maconha, “menos nociva que o álcool e o tabaco”.

O STF liberou a realização das marchas da maconha. Apesar de ser um avanço no debate, não se vê um envolvimento maior da população nessas passeatas.
Nem os próprios usuários compraram isso ainda, não querem sair do armário. Ninguém quer se apresentar para dizer: eu sou fulano, sou usuário de maconha. Aliás, se você diz isso, toda credibilidade que conquistou em determinada área pode estar em jogo, porque o usuário de uma droga ilegal ainda é muito associado à ideia de alguém irresponsável, marginal. Mas penso que a marcha da maconha não deva ser um movimento só de usuários. Deve ser algo que tenha importância para a sociedade como um todo, porque ali o que se discute é de que forma nós pretendemos lidar com a questão das drogas. Nós sabemos, por dados epidemiológicos, que o álcool e o tabaco são mais nocivos à saúde que a maconha. Então temos que problematizar por que o bode expiatório da sociedade tem que ser a maconha ou qualquer outra droga ilegal. O grande problema da droga está na própria ilegalidade. A gente precisa discutir muito essa questão, e depois disso um plebiscito seria interessante.