quinta-feira, 29 de julho de 2010

Espanha aprova remédio cujo princípio ativo é a cannabis

da EFE

Madri/Barcelona, 28 jul (EFE).- As autoridades de saúde espanholas autorizaram nesta quarta-feira a comercialização do "Sativex", um medicamento derivado do cannabis para o tratamento de espasmos em pacientes com esclerose múltipla.

A ministra de Saúde espanhola, Trinidad Jiménez, explicou que o uso terapêutico da cannabis é estudado há anos, por isso que existem "testes clínicos e evidências científicas" de sua utilidade em determinadas doenças.

O uso da substância para atenuar os sintomas de diversas patologias é um assunto polêmico, mas o certo é que alguns pacientes com doenças que causam muita dor recorrem à maconha para mitigar o sofrimento.

A partir de agora, os doentes de esclerose múltipla com espasmos musculares de moderados a graves poderão consumir o produto mediante aerossol oral, sempre que o prescreva o especialista.

As companhias Almirall e GW Pharmaceuticals comercializarão o fármaco na Espanha. Antes, porém, o Ministério da Saúde deverá aprovar o preço e o reembolso, processo previsto para ser finalizado em breve.

A ministra descartou que o uso médico desta droga se estenda para outras doenças, como câncer, e ressaltou que se trata de "uma utilização muito específica.

Jiménez lembrou que o produto foi utilizado pela primeira vez no Canadá e, desde então, foi importado à Espanha de forma "muito controlada" e para um número "muito reduzido" de pacientes.

GW Pharmaceuticals iniciou os trâmites de registro para a aprovação do Sativex em outros países-membros da UE, como Alemanha, França e Itália.

Tabaco pode aumentar risco de cancro por interferir com genes

do Pop

A exposição ao fumo do cigarro pode prejudicar o sistema imunológico e aumentar o risco de cancro, morte celular e problemas metabólicos por danificar a expressão genética, indica um novo estudo publicado online na BMC Medical Genomics, noticia o site HealthDay.

O estudo, conduzido por investigadores da Southwest Foundation for Biomedical Research (SFBR), descobriu esta associação através da identificação de ligações entre os padrões de expressão de 323 genes (todos localizados nos glóbulos brancos) num grupo de 1240 pessoas, incluindo 297 fumadores actuais.

"Os nossos resultados indicam que o fumo do tabaco não influencia apenas os genes individuais, mas sim todas as redes de interacção genética ", explicou o principal autor do estudo Jac Charlesworth. "A medida na qual a exposição ao fumo do cigarro parece influenciar os níveis de expressão dos nossos genes é grave”, acrescentou.

"É provável que o efeito observado do fumo na biossíntese do RNA tenha maiores implicações para o aumento do risco de doenças humanas, em especial de uma variedade de tipos de cancro em todo o corpo”, salientou o especialista.

Os cientistas observaram que a investigação, co-financiada pelo US National Institutes of Health, é o maior estudo até à data que analisou o efeito do fumo sobre a expressão genética.

Após reunião com MP, polícia decide não coibir Marcha da Maconha

da Tribuna do Norte

A Marcha da Maconha, programada para o próximo dia 30, às 16h, na Praça Cívica do campus da UFRN, está mantida. Uma reunião na manhã de hoje (28) na sede das promotorias localizadas no CIAD na Cidade da Esperança, representantes do movimento pela legalização da maconha, a Promotora Isabela Lúcio Lima da Silva e o Comandante de Policiamento da Capital, Coronel Alarico, discutiram as regras para realização da marcha.

Ficou definido que em momento algum será permitida apologia ao uso da maconha. Os organizadores do evento, do Coletivo Canabis Ativa, afirmaram que em momento algum o objetivo seria estimular o consumo da droga proibida. Segundo eles, a proposta é incrementar as discussões sobre o assunto. O Comandante Alarico ressaltou que a PM estará presente para garantir a segurança do evento e também proibir qualquer prática criminosa.

Os manifestantes pretendem sair da Praça Cívica do Campus até a BR 101, realizando uma "pequena" paralisação do tráfego com o objetivo de chamar a atenção para a bandeira da legalização da maconha.

EUA: veteranos poderão usar maconha como medicina em Estados

do Terra

O Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos permitirá a partir desta semana que ex-soldados possam consumir maconha de forma medicinal nos 14 Estados onde a prática é legal. A autorização será publicada em uma circular que será distribuída ao longo desta semana nos cerca de 900 centros de atendimento médico administrados pelo Departamento nos EUA.

A maconha com fins medicinais é permitida no Alasca, Califórnia, Colorado, Hawaí, Maine, Maryland, Michigan, Montana, Nevada, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont e Washington, além do Distrito de Columbia. Segundo a lei federal, a maconha é ilegal, mas os Estados mencionados permitem seu uso sob receita médica e como analgésico em casos muito determinados.

Grupos de veteranos tinham expressado seu temor de que se consumissem a maconha com fim medicinal acabassem perdendo suas receitas de analgésicos. Segundo o Departamento, um veterano que consumir entorpecentes ilegais poderá perder as receitas que possui.

A nova normativa não muda as regras, segundo o Departamento, e simplesmente se limita a precisar como atuar nos Estados onde receitar maconha é legal.