sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Genoma revela que propriedade alucinógena da maconha foi potencializada por homem

Fonte: O Globo

RIO - Não fosse ela, a medicina teria evoluído mais lentamente, as caravelas demorariam mais para chegar às Américas e diversos tecidos jamais teriam sido criados. A cannabis, hoje demonizada em boa parte do mundo por seu uso como entorpecente, tem propriedades quase esquecidas nos últimos cem anos. E foram elas, potencializadas há séculos pelo homem, que fizeram da planta a mais recente a ter o genoma mapeado.

A pesquisa é assinada pelo bioquímico Jon Page e o biólogo Tim Hughes, respectivamente das universidades de Saskatchewan e Toronto, no Canadá. Em seu artigo à revista "Genome Biology", ambos qualificam a cannabis como uma "planta útil", que serve para alimentação, material de construção e remédio - embora todas esses serviços esbarrem em sua má reputação.

O fim da guerra ao verde

Fonte: Estado de S.Paulo

NELSON MOTTA 

O Gallup informa: metade dos americanos adultos é favorável à legalização da maconha. Mas 46% continuam contra, a maioria republicanos, conservadores, mulheres e mais velhos. Em 1969, o apoio era de 12%, em 2000 passou a 31%, foi para 40% em 2009 e, dois anos depois, chega a 50%, mostrando que a questão é só de tempo, na marcha inexorável até a legalização final.

Por referendos, a Califórnia e mais 15 Estados já regularizaram o "uso medicinal" com controles e limites, cobrando impostos. Basta uma receita médica de "estresse" para ganhar um cartão de usuário. A polícia sabe quem compra, quanto, e onde. É o eufemismo de uma "legalização branca", verde no caso, uma hipocrisia necessária para ajudar a sociedade a aceitar a inutilidade da guerra perdida. Um golpe mortal no tráfico local e uma preocupação a menos para a polícia e o Judiciário.