do Coletivo DAR
RESUMO
Enquanto cientistas, juristas e políticos brasileiros discutem a proibição do consumo da maconha, iniciativas pró-legalização ganham força na Europa e nos EUA, para reduzir a violência causada pelo tráfico, controlar os danos à saúde e taxar a substância para gerar receita aos governos, a exemplo do que já ocorre com o álcool e o tabaco.
FERNANDA MENA
CLAUDIO ANGELO
O ANO DE 2010 é especialmente fértil no debate sobre a maconha. No Brasil e no mundo, começam a pipocar pesquisas e iniciativas políticas para refundar a discussão em termos científicos e jurídicos mais modernos.
Um novo estudo científico foi publicado no Reino Unido e se impôs como referência tanto para os proibicionistas quanto para os ativistas pró-legalização -o “lobby da proibição” e o “lobby da maconha”, como ambos se apelidaram mutuamente, vão debater o tema no auditório da Folha, em 21/10.
Três ex-presidentes do Brasil, do México e da Colômbia, países que enfrentam graves problemas com o narcotráfico, pediram mais ciência nas políticas sobre drogas ilícitas. Na ocasião, um deles, Fernando Henrique Cardoso, declarou que “a guerra às drogas falhou” e que as atuais políticas de proibição precisam de “uma revisão transparente”.