terça-feira, 20 de março de 2012

Cachorro 'Marley' encontra maconha em dunas de favela em SC

Fonte: G1

Policiais civis apreenderam um carro usado para consumo da droga. Investigadores cumpriram sete mandados de busca em Florianópolis.

O cão farejador "Marley" ajudou os policiais civis de Florianópolis a encontrar 30 porções de maconha durante uma operação na Favela do Siri, nesta terça-feira (20). A droga estava escondida sob dunas de areia que circundam o local. O dono do entorpecente, no entanto, não foi localizado.

O investigador responsável pelo treinamento do cachorro disse, em nota, que as dunas no entorno da favela é um dos motivos que torna a localização de drogas mais difícil.

Durante a ação, o delegado Antonio Claudio de Seixas Joca cumpriu sete mandados de busca e apreensão. Um carro abandonado na região também foi apreendido pelos policiais. Segundo a investigação, o veículo era usado para consumo de drogas.

Lógica de guerra no combate às drogas gera alienação, diz Pedro Abramovay

Fonte: Última Instância

Políticas públicas focadas na repressão e militarização, nas quais cada vez mais pessoas são presas e uma quantidade maior de drogas é apreendida, integram a ideologia de “guerra” aplicada no combate às drogas. O problema, segundo Pedro Abramovay, ex-secretário de Justiça e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) no Rio de Janeiro, é que não existe nenhum índice confiável para averiguar o resultado dessas ações. “A lógica de ‘guerra’ gera alienação”, diz o pesquisador.

O professor sugere que avaliação deveria levar em conta outros dados estatísticos, como promoção da saúde e diminuição da violência. “Os indicadores de qualquer lugar do mundo são prisão e apreensão de drogas. Mas o que adianta saber isso?”, questiona Abramovay. Para ele, o Estado precisa fazer uma análise aprofundada, com base em indicadores confiáveis, antes de agir.

Estufa de maconha é encontrada em Colombo (PR)

Fonte: Paraná Online

A estufa encontrada pela polícia no quarto de Renato Bellini, 28 anos, em Colombo, faria inveja a qualquer agricultor, não fosse o objeto de cultivo uma droga. Sete pés de maconha de alta qualidade foram encontrados por investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), em uma chácara do bairro Imbuial.

A equipe fazia buscas de foragidos da Justiça, na região do Monte Castelo, quando foi informada do endereço, que serviria como centro de produção e distribuição da droga para os usuários da Grande Curitiba. No quarto de Renato, além dos sete pés da planta, foi encontrado um aparato tecnológico para o melhor desenvolvimento da produção, que incluía luzes artificiais e irrigadores automáticos. “É clara a intenção de Renato em aumentar a concentração de tetra-hidrocarbinol (THC) da maconha, talvez para oferecer o chamado “skank”, que expande a capacidade entorpecente”, explicou o delegado Rodrigo Brown.

Segundo o delegado, Renato justificou que o cultivo era para consumo próprio. “Ele disse estar cansado de se arriscar indo até a favela para comprar a droga, mas a quantidade encontrada é muito acima do que um viciado normalmente consome”. A polícia apreendeu também 120 gramas de maconha em granel, pronta para uso, e uma pistola calibre 22. O detido responderá por tráfico de drogas e posse ilegal de arma.

Comissão: só o governo não entende a descriminalização das drogas

Fonte: Terra

Ela é jovem, bonita, mas por trás de belos olhos esverdeados defende uma posição firme em relação ao tratamento às drogas no Brasil. "A guerra contra as drogas fracassou. Todo mundo sabe disso, mas pouco se faz para mudar isso", diz Ilona Szabó de Carvalho. Ela é membro do secretariado da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, que conta com lobby de vários líderes mundiais, como o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, para dialogar com a ONU. Tem informações sobre como cada país tem enfrentado a questão. Carioca, olha de forma pessimista a posição brasileira, que não tem discutido muitas saídas legislativas para a questão do tráfico que vão além da repressão. "Só que o governo não entendeu ainda que descriminalizar, ou seja, tirar da justiça criminal, não tem nada a ver com legalizar", ressalta ela. Em entrevista concedida ao Terra, a especialista prega que o país abra os olhos e trate de regular o consumo para tentar mexer com a lógica do crime organizado. Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista com Ilona, especialista, com formação em Estudos Internacionais pela Universidade de Upsalla, na Suécia, e desenvolvimento Internacional pela Universidade de Oslo, na Noruega.