do Diário Catarinense
Nelson de Lima, o Setenta, e quadrilha foram cercados na Ponte Pedro Ivo em Florianópolis
Traficante internacional, um dos maiores fornecedores de drogas do Estado e fundador da maior facção criminosa que atua nos sistema prisional catarinense. Assim foi apresentado Nelson de Lima, 37 anos, o Setenta, preso com um quilo de crack em Florianópolis com outras cinco pessoas. O Departamento de Administração Prisional (Deap) informou que ele teria ordenado e participado de duas execuções dentro do Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara.
Setenta e outros dois detentos criaram a organização criminosa na unidade prisional seguindo os moldes da facção fundada em São Paulo. Depois de conseguir a liderança em São Pedro de Alcântara à base de assassinatos, o grupo se espalhou para outras cadeias do Estado.
Hoje, segundo da polícia, há centenas de filiados nas unidades prisionais de Florianópolis, Criciúma, Joinville, Itajaí e Lages, de acordo com o delegado de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Cláudio Monteiro.
O policial afirmou que a facção fundada por Setenta é a maior de Santa Catarina. Em todas as cidades onde há ramificações, ele mantém pontos de venda de cocaína, maconha e crack.
Por ter cumprido pena na Penitenciária de Campo Grande, de onde fugiu há cinco meses, mantém contatos na fronteira com o Paraguai. A Polícia Civil não tem uma estimativa da quantidade comercializada.
Assuntos criminosos tratados durante festa
A Deic procurava Setenta há quatro meses, quando recebeu informações de que retornara ao Estado. O traficante foi preso ao sair de uma festa, em São José, onde foram tratados assuntos referentes ao crime. Na cabeceira insular da Ponte Pedro Ivo, carros da Polícia Civil fecharam o Uno e o Astra dos traficantes ontem, às 2h.
Todos foram levados para a pousada na Barra da Lagoa, no Sul da Ilha, onde estavam hospedados e escondiam o crack. Eles foram detidos em flagrante por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Três crianças que estavam com eles foram encaminhadas para a Justiça.
O diretor do Deap, Alexandre Brum, declarou que não foi decidido se Setenta voltará para São Pedro de Alcântara ou seguirá para a Penitenciária Industrial de Joinville ou a Penitenciária Sul, em Criciúma. Certo é que ficará na ala de segurança máxima. Na última noite, ele ficou na carceragem da Deic. Os policiais de sobreaviso foram chamados para reforçar a segurança.
Brum declarou que já foi feito contato com a Penitenciária de Campo Grande, que aceitou receber o preso assim que a Justiça autorizar.
O diretor do Deap garantiu que nenhuma facção criminosa controla o sistema prisional catarinense.
Eu acho que o setenta não é tudo isso que estão falando
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