do G1
Um relatório divulgado na segunda-feira (1) pelo Departamento de Estado americano diz que a corrupção no Brasil continua "preocupante". O relatório segue citando os casos de José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), governador do Distrito Federal afastado do cargo por supeita de corrpução, e as várias denúncias de irregularidades feitas contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
O relatório em que o Brasil é citado (veja aqui) trata das medidas tomadas pelos governos para combater o tráfico internacional de drogas e é feito anualmente para ser enviado ao Congresso dos Estados Unidos. Os dados do relatório deste ano se referem a 2009. Apesar de tratar sobre tráfico de drogas, o relatório também faz um resumo da situação política de alguns países.
Na parte do Brasil sobre corrupção, o relatório diz que apesar do governo atual ter iniciativas anticorrupção adequadas, escândalos políticos continuaram a ser expostos pela imprensa no ano passado. E, apesar de não citar nomes, cita cargos dos casos de suposta corrupção a que se refere: o presidente do Senado e o governador de Brasília.
O relatório lembra que vários esquemas envolvendo o pagamento mensal a políticos foram descobertos. E cita o caso de Arruda, investigado por corrupção. Atualmente, Arruda está preso por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de tentar subornar uma testemunha do caso que ficou conhecido como Mensalão do DEM.
O escândalo de corrupção em Brasília veio à tona no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora. O suposto esquema de distribuição de propina foi denunciado pelo ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda, Durval Barbosa. O inquérito tramita no STJ.
Sobre Sarney, o relatório diz que o ex-presidente do país é "acusado de várias impropriedades", como ter uma conta no exterior ilegal e lembra o caso da fundação que leva o seu nome e recebeu dinheiro da estatal Petrobras. Houve acusação de que o contrato de patrocínio teria sido fraudado. O relatório esclarece que as acusações não foram aceitas pelo Senado. A assessoria de Sarney disse que ele não vai se pronunciar.
O relatório chega à conclusão de que processos por corrupção dentro do governo continuam lentos, e poucas condenações foram registradas em 2009.
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