Fonte: Diário do Grande ABC
O grupo Acorda ABC, que organiza a marcha da maconha em Diadema no dia 26, irá até a portaria do condomínio onde mora o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo, às 15h, para pedir apoio ao movimento.
A intenção dos manifestantes é fazer o antecessor de Dilma Rouseff (PT) entrar em contato com o prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), para liberar o ato na cidade. "Queremos entregar uma carta ao Lula. Achamos difícil que ele receba pessoalmente, mas vamos deixar com algum representante lá. Vamos pedir que ele intervenha junto ao seu companheiro de partido e também o alertamos sobre as vantagens dos usos medicinais da maconha, além de falar sobre o fracasso da política proibicionista", disse Ícaro Rizzo, um dos líderes do movimento.
Em abril, a Prefeitura de Diadema enviou ofício ao grupo informando que não autoriza a realização do evento no município. Porém, os organizadores do ato afirmam que irão realizar a marcha mesmo sem o consentimento municipal, pois o STF (Supremo Tribunal Federal) garantiu, em junho, o direito de cidadãos realizarem manifestações pela descriminalização e legalização de drogas em todo o País.
Na visita à Lula, o grupo também pretende pedir que o ex-presidente se manifeste sobre o assunto, assim como fez Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que se posicionou favorável à descriminalização da erva no País. "Pediremos que ele grave um vídeo com sua opinião."
Rizzo garante que o ato em frente ao condomínio será pacífico. Ele disse que não há intenção de utilização de som."Vamos deixar cartazes, flores e textos na calçada. Vai ser uma coisa simples, rápida e pequena, mas muito simbólica."