Em dois meses, Polícia Civil já apreendeu 24 quilos neste ano, contra 29 quilos em todo o ano passado. Volume tirado de circulação pela PM já é quatro vezes maior que a média.
As apreensões de crack feitas pela Polícia Civil nos dois primeiros meses deste ano quase já superaram o volume tirado de circulação em 2009, em Curitiba. Segundo o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), em janeiro e fevereiro de 2010 os policiais civis apreenderam 24 quilos de crack, pouco menos do que os 29 quilos retidos pela divisão no ano passado.
O volume apreendido da droga corresponde a aproximadamente 120 mil pedras, que é a forma como o crack é comercializado. De acordo com o delegado do Denarc, Renato Figueroa, além de provocar dependência química de forma mais intensa em comparação a outras drogas, o consumo de crack está diretamente relacionado ao número de homicídios. “As nossas estatísticas mostram que nas regiões em que há o maior índice de homicídios, há maiores apreensões de crack”, disse Figueroa, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV.
Polícia Militar
A quantidade de crack apreendida pela Polícia Militar em Curitiba também aumentou. O volume retido pelos policiais militares em janeiro e fevereiro de 2010 foi quatro vezes maior que a média mensal de apreensões. O mapeamento das ocorrências mostra que o crack está presente nos bairros Sitio Cercado, Tatuquara, Boqueirão, Uberaba, Cajuru, Cidade Industrial, mas que também aparece em regiões como Centro, Batel, Alto da XV e Cristo Rei.
De acordo com a Polícia Militar, de cada 10 apreensões realizadas pela corporação, 7 foram efetivadas graças a informações obtidas por meio do serviço de informações disque-denúncias (181). “É o único programa em que você pode denunciar um traficante e manter sua identidade em sigilo”, disse o coronel Jorge da Costa Filho, do policiamento da capital.
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