quarta-feira, 3 de março de 2010

No combate ao uso do crack

do Diário do Nordeste

Oficinas proporcionam discussão sobre o perigo do uso do crack em Paraipaba. Dia 9 será exibido documentário

Fortaleza. O combate ao tráfico e uso de drogas, começando pela conscientização junto aos jovens, ganha força em diferentes setores da sociedade. Cada vez mais, ações promovidas junto às famílias ajudam os dependentes químicos a saírem do vício e previnem contra a proliferação do uso de entorpecentes, como um efeito dominó. Pensando nesta proposta, começaram a ser realizadas, desde o início desta semana, em Paraipaba, ações para conscientizar os moradores da região acerca dos benefícios de ter uma vida sem o uso das drogas.

O evento "Articulação de Enfrentamento ao Crack no Município de Paraipaba" se detém apenas ao uso deste entorpecente porque, segundo o psicólogo do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), e um dos organizadores do evento, Márcio Frota, é o que mais tem preocupado a população, principalmente por causa do avanço desta droga no Interior do Ceará.

Para atender à demanda, serão realizados encontros em diversas localidades. Hoje, pela manhã e à tarde, o psicólogo, acompanhado pela assistente social Anna Lídya Ribeiro, visitam as comunidades de Caçimbão e Setor E, passando posteriormente ao Setor D1 e Segunda Etapa. Os encontros já foram realizados na Praia da Lagoinha, Camboas, Boa Vista e na sede de Paraipaba.

Em cada visita, serão realizadas oficinas socioeducativas para reunir lideranças comunitárias, educadores, religiosos e familiares de usuários para discutir e articular ações de cunho preventivo e educativo adequadas à realidade de cada comunidade no município.

"Iremos desenvolver ações para que a sociedade possa estar integrada no combate às drogas", diz o psicólogo. E completa, argumentando que a ideia é articular ações, como um núcleo de apoio aos familiares. "A população pediu para que seja implementado o núcleo e também já pensamos em fazer o mapeamento do crack no município para direcionar as ações. E como não temos muita estrutura em termos de tratamento, a proliferação é maior ainda", esclarece Márcio Frota.
Além disso, o psicólogo também ressalta que as atividades não terminam esta semana. No próximo dia 9, haverá a exibição do documentário "Selva de Pedra - Fortaleza Noiada", dirigido pelo presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé. Após o documentário, será realizada uma mesa-redonda e debate com os convidados, no CPTA da Lagoa Cana Brava, no município, com a presença do presidente da coordenadora da Secretaria de Saúde de Fortaleza, Cynthia Studart, e do representante da Polícia Militar do Ceará, Major Plauto Ferreira, além de outros convidados.

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