do O Dia Online
Rio - Um ano depois de receber a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), a Cidade de Deus, na Zona Oeste, voltou a ser palco de cenas de terror e pânico, na noite de terça-feira, depois que um ônibus foi incendiado por traficantes com 25 passageiros, ferindo 13, entre eles duas mulheres em estado grave.
O ataque aconteceu por volta das 21h30, na Avenida Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes. Segundo policiais da UPP, o ônibus que faz a linha Alvorada-Madureira, da Viação Litoral Rio, foi interceptado por vários homens na altura do nº 2277. Eles invadiram o veículo e, sem dar tempo para que os passageiros descessem, um deles ateou fogo atirando um coquetel molotov. Ainda de acordo com a polícia, uma mulher grávida teria participado da ação, ao fazer o sinal para que o ônibus parasse. O crime seria represália à prisão de um homem, mais cedo. Os feridos foram socorridos no Hospital Lourenço Jorge, em Jacarepaguá.
Por causa do ataque, a estrada foi fechada pela polícia e todas as empresas de ônibus que atendem a região ordenaram a paralisação dos serviços.
O capitão da PM, comandante da UPP da Cidade de Deus, Sidinei Pazini, pediu reforço de agentes do Bope e fez operação de cerco aos criminosos na comunidade, mas até o início da madrugada ninguém foi preso. “Foi um ataque terrorista. Uma ação repudiável e covarde. As vítimas não tiveram chance de defesa”, afirmou o oficial PM.
Entre as vítimas que foram identificadas, estão a operadora de Marketing e universitária, Ana Sheila de Souza da Silva, de 21 anos, que teve rosto e 30% do corpo queimados, Anne Andrade Lima, 19, com queimaduras e escoriações após ter se atirado da janela do ônibus, e Laís de Melo Rodrigues, 19.
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