Do Clic RBS
Oalerta vale para pais, educadores e os próprios usuários: o cigarro de maconha consumido em Blumenau ganhou uma substância ainda mais perigosa. Polícia Civil e Conselho Municipal de Entorpecentes (Comen) alertam que o baseado agora é composto também por crack. O mesclado, como é conhecida a combinação entre as duas drogas, ganhou as principais capitais do Brasil há pelo menos três anos e fez adeptos no Vale do Itajaí.
Conforme dados do Conselho Municipal de Entorpecentes, há pelo menos 60 usuários de maconha que se tornaram dependentes da pedra após fumar o mesclado.
Segundo o gerente de apoio ao Comen, Mauro Luís de Medeiros, o composto também conhecido como cabralzinho é feito triturando-se a pedra de crack e misturando o pó com a erva da maconha, que é fumada em seguida. O consenso entre especialistas da área é que a mistura é preparada pelos próprios usuários, e não por traficantes. A motivação para o uso do cabralzinho, porém, ainda é cercada de dúvidas. Alguns dizem que a mistura potencializa os efeitos das duas drogas; outros alegam que teria como objetivo amenizar a fissura (compulsão incontrolável pela droga) sentida pelo usuário do crack. Entre as possibilidades, uma certeza é apontada: em pouco tempo o mesclado é substituído unicamente pelo crack.
– A partir do momento em que o usuário da maconha percebe o efeito do crack, ele opta pelo crack somente. A necessidade por essa droga é tão grande que ele passar a usar só a pedra para não haver desperdício – explica o psiquiatra Juliano Fonseca Tonello, especialista em dependência química.
RAFAEL WALTRICK
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