1. Os institutos de pesquisas acertaram e os votos das urnas mantiveram a proibição à emenda legislativa que previa a legalização da maconha para consumo lúdico-recreativo por maiores de 21 anos.
Apenas 44% dos californianos votaram a favor da legalização.
A propósito, na Califórnia permite-se, com receita médica, o uso terapêutico da erva canábica.
No mês passado, a legislação estadual transferiu do campo criminal para o de infração administrativa, a posse de drogas para uso próprio. Seguiu-se o modelo português, ou seja, tirar do campo penal a questão referente ao porte para consumo próprio.
A legalização não contou com o apoio dos dois candidatos ao governo, Jerry Brown (democrata) e Meg Whitman (republicana).
Na véspera da consulta popular o influente jornal Los Angeles Times, em editorial, entendeu precipitada e “perigosa” a aceitação da emenda de legalização.
Como destacado neste espaço Sem Fronteiras de Terra Magazine, as autoridades fazendárias californianas viam na legalização uma saída para reduzir o brutal déficit público estadual: US$19 bilhões.
Pelos cálculos feitos, o estado da Califórnia arrecadaria US$ 1,4 bilhões anualmente.
O cálculo para essa receita partiu de uma estimativa sobre o número de usuários recreativos e o valor da erva canábica no mercado informal: US$ 50 por onça, equivalente a 1,30 euro o grama.
Para se ter idéia de arrecadações, falou-se em liberação de coffee-shops para vendas nas cidades e nos condados californianos, como na Holanda. Por lá, a venda de maconha em coffee-shop, permitida desde 1968, gerou entrada de US$ 450 milhões para os cofres públicos, em 2009.
PANO RÁPIDO. A sociedade conservadora brecou a emenda da legalização. Em 1972 os californianos também reprovaram nas urnas a legalização: 66,5% ante 33,5%.
Neste novembro de 2010, a proibição contou com 44% dos sufrágios. Feito o cotejo entre os resultados de 1972 e 2010, o resultado não foi animador para os progressistas.
Me decepcionei com a Califórnia
ResponderExcluirE as pessoas acham que aqui no Brasil seria diferente.
ResponderExcluirprovavelmente perderiamos de muito mais diferença.