do G1
Bogotá, 11 mar (EFE).- Como muitos outros mortais, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenta deixar de fumar com adesivos e chicletes de nicotina, enquanto o presidente Luiz Inácio da Silva teve que cortar o tabaco, após 50 anos, por motivos de saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,1 bilhão de pessoas no mundo são fumantes. Depois da hipertensão, o consumo de tabaco é a maior causa de morte.
O número de fumantes equivale a aproximadamente um terço da população global de 15 anos de idade. O vício abrange desde pessoas comuns às que ocupam os mais altos cargos, embora alguns se esforcem para manter escondida essa condição.
Lula não é um desses. Sua imagem inspirou a marca de charutos "Dom Lula" e o presidente fumou durante 50 de seus 64 anos de vida, indo dos pequenos charuto aos cigarros mentolados.
Em janeiro, Lula teve que deixar de fumar por uma crise de hipertensão. No entanto, disse que não está tendo problemas para parar e que não precisou de pastilhas ou outros métodos de ajuda.
Em setembro de 2008, o presidente defendia o direito de fumar "em qualquer lugar" e proclamava que em seu escritório mandava ele, em resposta às restrições ao uso do tabaco em locais públicos.
Obama prometeu deixar o vício ao chegar à Presidência em janeiro de 2009, mas seis meses depois reconheceu que ainda fumava de vez em quando. O presidente nem sonha em poder acender um cigarro em seu escritório, já que é proibido fumar no interior da Casa Branca desde 2006.
Segundo seu médico, Jeffrey Kuhlman, o presidente, hoje com 48 anos, "goza de uma saúde excelente", mas não deve voltar atrás em "seus esforços para deixar de fumar".
Outro presidente que teve que deixar de fumar por razões de saúde foi o uruguaio José Mujica, de 74 anos. Ele costumava misturar o tabaco com as barbas do milho, um velho costume dos camponeses de seu país.
Seu antecessor, Tabaré Vázquez, que deixou o cargo no dia 1º de março e é oncologista por profissão, se destacou por ser o porta-voz das campanhas antitabaco na América Latina.
Segundo a OMS cerca de 36% dos homens e 25% das mulheres do Uruguai fumam.
De acordo com estatísticas do organismo, elaboradas com dados de 2007, Cuba é o país da América com mais homens fumantes (44,8%), e o Chile é o que tem mais mulheres (33,3%).
Este ano a OMC dedicará o seu Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio) a destacar que as mulheres são, atualmente, um grande alvo da indústria do tabaco.
As duas mulheres mandatárias na América Latina atualmente, a argentina Cristina Kirchner e a chilena Michelle Bachelet - que deixa o cargo hoje - são ex-fumantes.
"Eu era uma fumante compulsiva. Fumava dois maços por dia, pelo menos, e acendia um cigarro com a bituca do outro, mas em 31 de dezembro de 1988, à meia-noite, apaguei meu último cigarro e até o dia de hoje não voltei a acender um", lembrou Cristina em julho de 2008 ao falar de dependências.
Já Bachelet fumou até o começo dos anos 90. Seu sucessor, Sebastián Piñera, que assume o cargo hoje, foi surpreendido com um cigarro na boca quando apresentava seus ministros no mês passado.
Da mesma forma que fez Obama, o chefe de Estado da Guatemala, Álvaro Colom, prometeu deixar de fumar quando chegou à Presidência em 2007, mas não cumpriu a promessa.
Segundo fontes da Presidência guatemalteca, Colom segue fumando, embora cada vez menos e quase nunca em público.
Outros fumantes, neste caso de charutos havanos, são os líderes salvadorenho, Mauricio Funes, e paraguaio, Fernando Lugo, embora nenhum fume em público.
Os governantes do Panamá, Ricardo Martinelli; da Nicarágua, Daniel Ortega, e de Honduras, Porfirio Lobo, não fumam ou pelo menos ninguém os viu fumando.
O presidente da Costa Rica, Óscar Arias, não fuma, pois é asmático, e a sua sucessora, Laura Chinchila, que assumirá em maio, também não, da mesma forma que o presidente da Bolívia, Evo Morales.
A tentação do presidente peruano, Alan García, parece ser a boa mesa, segundo dizem seus compatriotas.
Os presidentes Álvaro Uribe (Colômbia), Rafael Correa (Equador) e Hugo Chávez (Venezuela), apesar de suas diferenças, estão de acordo com uma coisa: não gostam de tabaco.
O presidente cubano, Raúl Castro, também nunca foi visto fumando. Mas seu irmão, o ex-presidente Fidel, foi durante anos fumante de charutos havanos.
Em 1986 declarou publicamente que tinha decidido deixar de fumar e em 1997 se definiu como um "fumante retirado" que ainda sonhava "com os charutos".
"Muitas vezes sonhamos com coisas proibidas e isso é um pesadelo", afirmou Fidel. A luta contra o tabagismo é algo que dura "a vida toda", disse, por sua vez, Obama
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