sábado, 6 de março de 2010

EUA combatem droga a partir de Portugal

Do Correio da Manhã

Há muitos anos reconhecido como uma porta de entrada de droga para toda a Europa, Portugal vai contar, em breve, com uma delegação da Administração Norte-americana para o Combate à Droga, conhecida por DEA (Drug Enforcement Administration).

Até agora, este organismo geria a actividade em Portugal a partir de Madrid, mas decidiu recentemente instalar-se em Lisboa, por considerar que o nosso país tem sido utilizado pelo narcotráfico sul-americano como "porta primordial" para a Europa.

Um adido, um agente especial, um especialista de apoio administrativo e, posteriormente, um especialista em informações irão formar a delegação. O objectivo é "conduzir investigações com as autoridades portuguesas, tendo como alvo as grandes organizações narcotraficantes que usam Portugal como porta de entrada para os seus carregamentos para a Europa", realça o Relatório de Estratégia Internacional de Controlo de Narcóticos, apresentado na segunda--feira em Washington. Segundo o relatório, no primeiro semestre de 2009, as apreensões de cocaína diminuíram para 1,6 milhões de toneladas métricas.

DEA TEM MAIS E 5 MIL AGENTES

A Administração Norte-americana para o Combate à Droga é o único organismo dos EUA com poderes para investigar o tráfico de estupefacientes fora das suas fronteiras, contando com agentes espalhados um pouco por todo o Mundo. Actualmente, este organismo conta com 5235 ‘agentes especiais’ (num total de 10 784 funcionários), um orçamento que ascende aos 1,6 mil milhões de euros para 2010, com 87 representações em 63 países diferentes.

Este organismo, criado em 1970, no mandato de Richard Nixon, é um órgão da polícia federal do Departamento de Justiça dos EUA, dividindo responsabilidades com o FBI.

PORMENORES

APREENSÕES DIMINUEM

Segundo o relatório, no 1.º semestre de 2009, comparando com igual período de 2008, as apreensões de ‘coca’ decaíram de 2,6 para 1,6 milhões de toneladas métricas.

LAVAGEM DE DINHEIRO

Portugal também é visto no relatório como "preocupante" no capítulo da lavagem de dinheiro.

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