Do TVI 24
As apreensões de haxixe, cocaína e ecstasy em 2009 registaram uma redução significativa, tendência contrariada pela apreensão de heroína, que passou de 68 349,71 gramas em 2008 para 128 041,33 gramas em 2009, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna, noticia a Lusa.
Os dados relativos ao tráfico de estupefacientes indicam que, em relação ao haxixe, foram apreendidos 22 961 771,62 gramas em 2009, bem menos do que os 61 287 324,78 gramas em 2008.
Quanto à cocaína, as apreensões em 2009 atingiram 2 697 053,17 gramas, também muito inferior aos 4 838 379,61 gramas apreendidos em 2008, enquanto as apreensões de ecstasy passaram de 73 638 unidades em 2008 para 8 987 unidades em 2009.
Detenções aumentam
No capítulo do tráfico de estupefacientes, o relatório indica que o número de detenções efectuadas em 2009 foi de 4847, havendo um acréscimo de 18,7 por cento, ou seja, mais 765 detenções do que em 2008, altura em que se contabilizaram 4082.
Os detidos - de acordo com o relatório - são «predominantemente de nacionalidade portuguesa, do sexo masculino e têm idade superior a 21 anos, não sendo de menosprezar o facto de cerca de um terço dos detidos se inserirem no grupo etário entre os 16 e os 21 anos».
Por nacionalidade dos detidos, os dados de 2009 referem que Portugal liderou com 3996 detenções, seguido de Cabo verde (288), Guiné Bissau (153), Brasil (79), Espanha (74) e Angola (44). Os restantes 213 detidos pertencem a outras nacionalidades.
Por sexo, há a registar no ano passado 4346 homens detidos por tráfico de droga e 501 mulheres.
No âmbito do tráfico internacional de estupefacientes, o relatório aponta que Portugal tem-se constituído «essencialmente numa plataforma de potencial introdução de cocaína e haxixe, decorrendo no espaço nacional a orquestração de estruturas de logística, com recursos a indivíduos de nacionalidade portuguesa, assim como de outros países, ao serviço de organizações que em regra se localizam e se encontram sedeadas fora do espaço nacional».
O relatório indica, também, que o haxixe é essencialmente transportado por via marítima e introduzido em território continental com recurso a desembarques efectuados na costa, de onde a droga é transportada para sítio seguro a aguardar seguimento, essencialmente por via terrestre.
«A cocaína é transportada em quantidades bastante importantes por via marítima, ora recorrendo a desembarques, ora a contentores, nos quais a droga é transportada em conjunto com mercadorias legítimas, utilizando para o efeito empresas legítimas de importação e exportação, ou constituindo propositadamente empresas para o efeito», refere o documento.
Por outro lado - prossegue o relatório -, a via aérea tem sido bastante utilizada para introdução de «quantidades significativas de cocaína nos diversos mercados europeus, constituindo os aeroportos nacionais pontos de trânsito e redireccionamento».
«A aviação não comercial tem também sido utilizada para proceder ao transporte de quantidades substanciais de cocaína, da América Latina para a Europa, com escala em vários países no continente africano - Cabo Verde, Senegal e Guiné-Bissau», acrescenta.
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