O Centro de Atenção Psicossocial Adolescer (Caps AD) atende 60 crianças e adolescentes entre 12 a 18 anos por mês com algum tipo de dependência química em Cuiabá. A maioria é usuária de pasta-base, maconha e cocaína. “Quase todas fazem uso concomitante, inclusive de tabaco”, informou a coordenadora do Caps, Mara Tondin, ontem, durante o lançamento do Plano Municipal de Políticas sobre Drogas. Situação ainda mais dramática, conforme Tondin, é que o Caps tem recebido crianças com até 9 anos e, do total de atendimentos, apenas 20% aderem ao tratamento. A maioria integra as classes média e baixa.
A explicação para este percentual baixo de recuperação ela atribuiu à baixa participação das famílias no processo e da introdução dos dependentes à escola ou outras atividades sociais. “E principalmente porque hoje as drogas possuem um potencial maior de destruição. São mais pesadas e tem um poder mais forte de comprometimento físico e psicológico”, comentou.
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