terça-feira, 9 de novembro de 2010

Maconha pode tornar fêmeas recém-nascidas mais masculinas

da Galileu

Pesquisadores da Universidade de Maryland descobriram que as fêmeas do rato produzem mais células novas do que os machos em uma parte do cérebro chamada amígdala, que controla comportamento social e emocional. Eles também perceberam que as ratas têm um sistema endocanabinóide menor, que são os receptores cerebrais que reagem à canabis – princípio ativo da maconha.

Esta descoberta fez com que eles questionassem se, injetando substâncias que imitavam a canabis, iriam alterar a proliferação de células na amígdala. Para descobrir, a equipe injetou um componente que prolifera receptores canabinóides no cérebro dos ratos recém-nascidos. Eles também injetaram um produto químico que permitia ver a divisão celular no cérebro. Para descobrir também como essas mudanças alteravam o comportamento dos animais, eles estudaram as brincadeiras dos ratos durante quatro semanas.

Sem o tratamento, as ratas produziram entre 30 a 50% mais células que os ratos, o que as ajudou a manter um equilíbrio e a proteger neurônios. Elas também brincaram de 30 a 40% menos do que os machos. No entanto, as fêmeas que receberam componentes canabinóides tiveram taxas de produção celular e comportamento igual ao dos machos.

Os cientistas acreditam que as brincadeiras dos ratos sejam semelhantes à diferenciação sexual que acontece com os humanos. Resta saber se as bases neurológicas do comportamento estudado nos animais seria parecido com o dos seres humanos.

Nenhum resultado conclusivo sobre os efeitos da canabis convencional em bebês humanos pode ser dado ainda, porque o processo foi avaliado somente em ratos. E o estudo não usou um derivado canabinóide de vegetais, ou doses maiores dele.

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