quinta-feira, 1 de abril de 2010

Atenção aos sinais, alerta o ministro

Do Diário Catarinense

Capacitar médicos e agentes comunitários para que possam detectar o mais cedo possível o uso de crack entre jovens. Insistir para que os pais conversem com os filhos já a partir dos 10 anos de idade, alertando sobre os perigos das drogas.

Estas foram algumas das formas de prevenção que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sugeriu durante o lançamento da segunda etapa da campanha Crack, Nem Pensar, ontem, no Painel RBS. Ele destacou que o diagnóstico precoce reduz os danos – traumas à família e a tendência ao crime – e facilita a recuperação do dependente.

Quando o assunto é prevenção, a melhor ferramenta é a participação de pais e professores. O ministro insistiu na vigilância da família, porque a cobertura de creches é insuficiente no país. Temporão lembrou que as mães, quando saem para trabalhar, deixam os filhos “em condições pouco seguras”, quando muito, sob o olhar de vizinhos.

– Tenho quatro filhos, e a conversa sobre drogas é cotidiana. Os pais devem ficar atentos – recomendou.

Elogiando a campanha Crack, Nem Pensar pelo poder de mobilização da sociedade, Temporão disse que ela poderia inspirar outros meios de comunicação, até para se formar uma rede nacional de prevenção. O ministro aproveitou a ocasião para ressaltar que o debate e a informação, principalmente junto aos jovens, são armas que poderão conter o crack.

Conferência sobre saúde mental será este ano

Temporão observou que nenhum país venceu a guerra contra os tóxicos apenas com estratégias policiais. Avaliou que o enfrentamento é uma questão de saúde pública, aliando órgãos de governo e sociedade.

Uma conferência nacional sobre saúde mental, este ano, em Brasília, deverá sinalizar planos para a erradicação do crack. O ministro acrescentou que o usuário da droga não deve ser tratado como criminoso nem penalizado. Destacou que ele precisa é de ajuda, e deve ser considerado um paciente de um mal terrível.

Os perigos do crack não estão só no alto grau de dependência física que provoca. Muitos usuários morrem por fraqueza, já que ficam sem comer ou dormir por longos períodos. Outra causa de muitas mortes relacionadas ao crack é a violência, envolvimento com tráfico e roubos.

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