Washington, 22 mar (EFE).- O consumo moderado de álcool, como vinho ou cerveja, é benéfico para quem sofre de ataques cardíacos e outros problemas vasculares, segundo um estudo publicado hoje pela revista "Journal of the American College of Cardiology".
O consumo moderado é definido pelos cientistas da universidade de Campobasso (Itália) como um ou dois copos de cerveja ou vinho ao dia.
Até agora, a maioria das pesquisas havia estabelecido que um copo de vinho ou de cerveja junto às refeições constituía um consumo positivo para pessoas saudáveis.
No entanto, se desconhecia se essa conclusão também era válida para aqueles que tivessem sofrido um ataque do coração, um derrame cerebral ou algum outro transtorno isquêmico vascular.
O estudo, que analisou 16.351 casos, desvendou a incógnita e revelou que isso também se aplica a esses pacientes.
Segundo Simona Costanzo, epidemiologista que dirigiu a pesquisa, foi observado que o consumo moderado não tem apenas efeitos benéficos para as pessoas com problemas cardíacos.
"Eles também têm menos chances de sofrer de outros problemas similares e sua taxa de mortalidade foi inferior às daqueles que não consumiam nenhum tipo de bebida alcoolica", acrescentou.
De acordo com Costanzo, o efeito desse consumo moderado em pacientes cardíacos é similar ao observado em pessoas saudáveis.
"A redução do risco fica em torno de 20%", o que significa que com o consumo de álcool é possível evitar um em cada cinco casos de problemas cardiovasculares. Para os cientistas, a chave está no consumo moderado, o que deve ser somado um estilo de vida e uma dieta saudáveis.
Segundo Augusto di Castelnuovo, chefe do Departamento de Estatísticas dos Laboratórios de Pesquisa da universidade de Campobasso, o consumo de álcool também deve ser regular.
"Um consumo moderado durante uma semana pode ser positivo. A mesma quantidade dessa semana, concentrada em um par de dias, é definitivamente nociva", afirmou.
Os cientistas também advertem que as conclusões da pesquisa não significam um convite a consumir bebidas alcoolicas.
"Os abstêmios, saudáveis ou doentes, não teriam que começar a beber com o objetivo de ter uma saúde melhor", assinalou Giovanni de Gaetano, diretor dos laboratórios.
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