segunda-feira, 21 de junho de 2010

Percentual de fumantes no País cai para 15,5%, diz pesquisa

do Abril.com

A proporção de fumantes no País caiu de 16,2% para 15,5% entre 2006 e 2009, revela a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proporção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (21), foi realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Nutrição em Saúde da Universidade de São Paulo (USP). Foram entrevistados 54 mil adultos.

De acordo com o levantamento, 19% dos homens e 12,5% das mulheres fumam. A maior queda no uso do cigarro no País ocorreu entre as pessoas na faixa de 35 a 44 anos. Em 2006, 19% da população nessa faixa etária era de dependentes do tabaco. Em 2009, a proporção de fumantes baixou para 15,1%.

domingo, 20 de junho de 2010

Crack está solto nas ruas

do Diário do Nordeste

Torna-se inacreditável, considerando-se o curto espaço de tempo, inobstante o seu alto poder, que o crack tenha se espalhado tão rapidamente no País. Depois de inundar as praças e ruas das grandes cidades, penetrando em todos os seus espaços disponíveis, instala-se também nas chamadas áreas de Fortaleza, a exemplo do campo do América, no Meireles, bem próximo a uma delegacia de polícia e ao palácio da abolição. Isso para não se falar na Beira Mar, cartão de visita da capital ou outros lugares importantes como os próprios colégios. Audiências são realizadas na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa, criam-se entidades específicas no combate as drogas, inclusive nos subúrbios das cidades e até mesmo as ONGs de existência tão duvidosa quanto aos resultados do trabalho que desenvolvem, enquanto a polícia dispõe de departamento específico para cuidar da questão sem que, contudo, tenhamos à vista somas práticas de suas ações. E cada vez mais se avoluma a onda avassaladora do crack indiferente à existência desses aparelhos instituídos para combatê-lo. Não é difícil encontrar nas esquinas ou nas localidades menos frequentadas, grupos de menores comercializando e ao mesmo tempo consumindo a droga. Do mesmo modo o quadro se reflete no país inteiro, ganhando as serras, embrenhando-se pelos sertões.

Judiciário enfrenta dificuldades para aplicar penas alternativas para usuários de drogas

da Globo.com

BRASÍLIA - O Judiciário enfrenta dificuldades para aplicar penas alternativas a usuários de drogas, e o atendimento especializado ao dependente esbarra na deficiência dos Juizados Especiais. Essas varas não estão aparelhadas para julgar os viciados e enviá-los a locais para tratamento. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos Tribunais de Justiça descobriu que apenas alguns juizados do Rio, do Distrito Federal e um foro regional de Santana, em São Paulo, avançaram no atendimento.

Um dos pilares da nova Lei Antidrogas, em vigência desde 2006, as penas alternativas substituíram a prisão para o usuário. Pela nova lei, o juiz determinará ao poder público que ponha à disposição gratuitamente um estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para o tratamento.

Com o baixíssimo cumprimento da lei, o CNJ editou resolução determinando que os TJs criem, em 120 dias, equipes multiprofissionais para captar redes de atendimento a usuários. Os tribunais terão de treinar juízes a lidar com a nova lei.

Uma pessoa morre a cada dez segundos no mundo por causa de cigarro

do Correio do Povo

Quando o assunto é o vício do cigarro, os números se multiplicam de maneira acelerada e as estatísticas são alarmantes. Basta consultar um especialista para ser intimidado com uma enxurrada de informações. Segundo o oncologista clínico Hugo Nora, os estudos que comprovam os malefícios do tabagismo vão desde as substâncias utilizadas na fabricação até os altos custos gerados pelo tratamento de doenças provocadas pelo

sábado, 19 de junho de 2010

O vício ao longo das décadas

do Zero Hora

Anos 20
É o início da industrialização do tabaco e do consumo em larga escala no mundo, mas apenas entre os homens. Não se viam mulheres fumando em público.

Anos 30 e 40

Os anos dourados de Hollywood exaltam a imagem glamurosa da mulher fumante em interpretações de Greta Garbo, Marlene Dietrich e Rita Hayworth. Os fabricantes pagavam grandes estúdios para colocar um cigarro entre os dedos das grandes atrizes, para que fossem imitadas pelas fãs.

Com a guerra, ocorre o boom do consumo. Exércitos ajudam a disseminar o hábito em novas áreas. Ao retornar para casa, soldados acabavam iniciando as mulheres no vício.

Anos 50

Começam a surgir os primeiros estudos sobre os malefícios do tabaco. Mulheres já fumam, mas aparecer em público com um cigarro na mão é malvisto socialmente.

Anos 60 e 70

Propagandas procuram estimular o consumo – o movimento feminista torna o momento propício para associar o hábito à liberdade da mulher. Surgem cigarros mais finos e de aromas mais delicado para conquistar o gosto delas.

Anos 80

Mais consciente dos danos à saúde e sentindo mais as consequências, população dos países desenvolvidos começa a reduzir o consumo – comportamento mais visível entre os homens. Especialistas avaliam que, na contramão, as mulheres estavam mais preocupadas com a igualdade entre os sexos, tendo no cigarro um falso marcador de liberdade.

A indústria passa a focar suas estratégias em dois grupos de consumidores: jovens e mulheres.

Anos 90 e 2000

Estudos mostram que, entre adolescentes, mais meninas do que meninos estão começando a fumar. O grupo de fumantes homens, tabagista há mais tempo, está diminuindo. Em consequência, a tendência mundial é que o fumo se dessemine entre jovens, mulheres e classes menos favorecidas.

Nos países onde as mulheres têm menos direitos do que os homens, o cigarro ainda é visto como forma de se igualar socialmente a eles, segundo especialistas. É como se esses locais vivessem agora o que os ocidentais passaram na década de 60.

Fontes: pneumologista José Miguel Chatkin e psicóloga Cristina Perez, da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca

Saúde: Doentes esquizofrénicos consomem duas vezes mais cannabis

do Expresso

Porto, 18 jun (Lusa) -- Os doentes esquizofrénicos consomem cannabis duas vezes mais do que a população em geral, afirmou hoje o psiquiatra Miguel Bragança, no VII Colóquio Internacional de Esquizofrenia, a decorrer no Porto até sábado.

Segundo Miguel Bragança, da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), "estudos realizados mostram que 20 a 40 por cento dos doentes com doença psicótica referem o uso de cannabis nalgum momento da sua vida e 16 por cento dos doentes com esquizofrenia utilizam substâncias que não o álcool".

"O cannabis parece ser a substância de abuso mais utilizada. 55 por cento dos doentes consomem mais que uma substância tóxica, sendo a associação mais frequente o consumo de cannabis e de álcool", afirmou o especialista.

O Falso Barato

da Globo.com

O Ministério da Saúde estima que 600 mil jovens sejam dependentes de crack no Brasil. Mas alguns estudiosos calculam que este número seja o dobro. Estes são os impressionantes e preocupantes dados que constam de recente e providencial matéria da Revista Época, de 14 de junho . "Há uma epidemia de crack no Brasil, uma epidemia sem barreiras sócio-econômicas. Antes, prevalecia o consumo da maconha, de drogas sintéticas e de cocaína, mas o crack se infiltrou entre esses jovens", afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, especialista no estudo de dependência e coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo.

A matéria revela que é falsa a impressão de que os usuários da chamada "droga da morte" sejam de origem social pobre. "O crack é que empobrece os usuários", diz Solange Nappo, pesquisadora que há 20 anos estuda como o crack se espalhou entre a população e afirma que os usuários de classe média evitam comprar a droga diretamente do traficante, usando o serviço de "mulas" ou "aviõezinhos" - garotos pobres que compram as pedras em troca de dinheiro para financiar o próprio vício.