Fonte: Último Segundo
Divulgando o filme "Jeff Who Lives at Home", atriz ganhadora do Oscar fala sobre drogas e sobre o divórcio de Tim Robbins
Vencedora do Oscar por "Os Últimos Passos de um Homem", Susan Sarandon interpreta uma viúva decepcionada com seus filhos e infeliz com sua vida na comédia "Jeff Who Lives at Home", que estreia nos Estados Unidos nesta sexta-feira (16).
O filme traz Jason Segel ("Os Muppets") como Jeff, um homem sem rumo e fumante de maconha que vive no porão da casa de sua mãe (Sarandon). Enquanto isso, o irmão distante Pat (Ed Helms, de "Se Beber, Não Case") está convencido que sua mulher (Judy Greer) o trai.
Dirigido por Jay e Mark Duplass ("Cyrus"), o filme acompanha Jeff durante um dia quando ele embarca em um novo caminho na vida que está convencido ter sido determinado pelo universo cósmico, graças a uma série de sinais estranhos.
Sarandon, 65 anos, conversou com a Reuters sobre o filme, sobre ter filhos fumando maconha em casa e sobre como é a vida de mulher solteira desde que se separou de Tim Robbins há três anos.
O que fez você decidir estrelar um filme independente e de baixo orçamento como este?
Susan Sarandon: Eu amei todas as reviravoltas e fiquei tocada com a reconciliação da família. Também fiquei tocada pelas perguntas que Jeff está se fazendo. Todo filme é um universo diferente e eu achei que este seria um universo divertido para embarcar.
Boa parte do tempo em que você está na tela se passa em um ambiente de escritório, enquanto seus "filhos" têm sua própria história. Você se sentiu isolada do restante do elenco durante as filmagens?
Susan Sarandon: Ela é um pouco isolada de qualquer jeito, este é o ponto. Todo mundo naquela família se tornou distante um do outro e está isolado. Mas eu me senti ligada a Jason e Ed provavelmente porque os via fora do set de filmagens.
Você tem dois filhos, Jack e Miles. Embora sejam mais novos que Jeff e Pat, você se viu ou viu seus filhos nesta família?
Susan Sarandon: Não, mas meus filhos na vida real também estão em suas próprias jornadas, tentando encontrar uma filosofia que tire deles a sensação de que precisam ter sucesso. Eles têm dúvidas porque são filhos de famosos, o que pode ser chato. E os dois são artistas, então estão tentando entender aquele antigo dilema entre arte e comércio. Eu não ligo se eles morarem no porão, terem um emprego estúpido ou fumarem um pouco de maconha enquanto estão tentando descobrir.
Sério?
Susan Sarandon: Prefiro que eles fumem maconha do que bebam. Mas eu fui muito clara com meus filhos de que algumas drogas podem matá-los na primeira vez que experimentarem. São todas ilegais. Pelo menos algo que pode ser plantado e é uma folha não é o mesmo que metanfetamina. Você só não pode misturá-las. Mas o que eu disse aos meus filhos foi que beber ou fumar para ter uma pausa da sua vida e relaxar é uma coisa. Se você está fumando desde o momento em que acorda, você não tem uma vida para fazer uma pausa. O importante é falar sobre isso.
Você compartilha um beijo especial neste filme que pode chocar alguns espectadores. Ficou nervosa em filmá-lo?
Susan Sarandon: Nem um pouco. Já fiz isso antes em filmes. Eu acho que tem mais a ver com a bravura envolvida em relacionamentos - se você vai ou não ficar vulnerável a outra pessoa, se quer ou não ter intimidade com outra pessoa. A idade, a cor é apenas um detalhe. A conexão que é importante, acredito, como mulher. Amo sexo, mas sexo sem conexão para mim não é interessante.
Em 2009, você encerrou um relacionamento de 21 anos com o pai dos seus filhos, Tim Robbins. Como tem sido estar sozinha?
Susan Sarandon: Tem sido muitas coisas diferentes. É traumático e emocionante. A única coisa que está realmente clara para mim é que você tem que pensar em sua própria vida e seu relacionamento e tudo como um organismo com vida. Está constantemente se movendo, mudando, crescendo. Acho que relacionamentos de longa duração precisam ser constantemente reavaliados e conversados.
Algumas pessoas nesta situação sentem que fracassaram em manter o relacionamento. Você sentiu?
Susan Sarandon: Claro que você se sente um fracasso. É uma grande coisa, mas, de novo, é uma oportunidade para crescer.
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