do Estadão
Mulheres que bebem durante a gravidez podem prejudicar a fertilidade futura de seus filhos, segundo afirmaram pesquisadores dinamarqueses em conferência da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.
Em um estudo com quase 350 homens jovens, os níveis de espermatozoides eram um terço menor naqueles cujas mães tinham bebido mais do que quatro doses por semana durante a gestação, em comparação às abstêmias.
De acordo com os pesquisadores, esses homens podem ter mais dificuldade para ter um filho. Especialistas britânicos afirmam que o álcool pode não ser o problema, mas um conjunto de fatores.
O conselho atual é evitar o álcool durante a gravidez, mas aquelas que não o fazem são aconselhadas a não beber mais que uma ou duas doses de álcool, uma ou duas vezes por semana.
O estudo analisou homens, atualmente com idades entre 18 e 21 anos, cujas mães tinham participado de um grande estudo sobre estilo de vida quando estavam grávidas deles.
Os pesquisadores disseram durante a conferência que dividiram os homens em quatro grupos: aqueles cujas mães não beberam nada; os cujas mães bebiam de uma a uma dose e meia por semana; de duas a quatro doses por semana; e mais de quatro doses por semana.
Uma dose foi classificada como uma cerveja, um copo pequeno de vinho ou uma dose de destilado.
Quando os pesquisadores analisaram a quantidade de espermatozoides nas amostras de sêmen dos participantes, descobriram que aqueles com a maior exposição ao álcool no útero tinham concentrações médias de 25 milhões por mililitro em comparação a 40 milhões/ml naqueles cujas mães não beberam álcool.
Após verificarem fatores que poderiam influenciar o esperma, como fumo e histórico médico, eles calcularam que a concentração de esperma média foi 32% menor no grupo com maior consumo de álcool em relação ao grupo abstêmio.
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