Brasília - No Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas uma questão merece maior atenção: o uso abusivo de tranquilizantes. Segundo o médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Ivan Mário Braun, pelo menos 1% da população usa tranquilizantes de maneira abusiva.
O integrante do grupo interdisciplinar de estudos de álcool e drogas (Grea) explica que, em função das restrições impostas ao consumo álcool, existem grupos que usam comprimidos para obter efeitos semelhantes àqueles alcançados com a ingestão de bebidas alcoólicas. Dessa forma, a detecção dessas substâncias no organismo é mais difícil que a do álcool.
“O uso abusivo de tranquilizantes atinge cerca de 1% da população, cifra menor que a das demais drogas, mas numa população de 190 milhões de habitantes representa um grupo significativo”, disse Braun. O psiquiatra afirmou que a liberação do uso de drogas em alguns países pode inibir o tráfico, mas o consumo também pode aumentar.
O tema da campanha do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), lançada este ano no Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas é "Pense em saúde, não em drogas".
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